Reportagem de Fernando Molica, Leandro Resende e Jana Sampaio na edição desta semana da Veja, lança luz sobre o passado comprometedor do desaparecido assessor e “caixa” de Flávio Bolsonaro, o ex-PM Fabrício Queiroz.
Narra o assassinato nebuloso do técnico de refrigeração Anderson Rosa de Souza , morto em 2003 com tiros na cabeça, no peito e no abdome, praticado por Queiroz e pelo agora procurado Adriano Nóbrega, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras e cuja mãe e mulher foram empregadas no gabinete presidencial. Ambos disseram que foram atacados por Anderson.
Adriano foi defendido publicamente por Jair e Flávio Bolsonaro e agraciado com uma medalha, que recebeu na cadeia, preso por outro assassinato, o de Leandro dos Santos Silva, 24.
A ligação entre os Bolsonaro e Fabrício Queiroz, como admite o próprio presidente, remonta a muito antes destes episódios, mas diz a revista, foi formalizada em 2007:
Queiroz foi cedido formalmente pela PM ao gabinete de Flávio na Alerj. Os dois voltariam a dar uma mão a Adriano: Danielle da Nóbrega e Raimunda Magalhães, respectivamente mulher e mãe do miliciano [Adriano] , tornaram-se funcionárias sem crachá nem relógio de ponto do mesmo gabinete (coisa do Queiroz, garante o atual senador). Planilhas da contabilidade da milícia obtidas por VEJA mostram que, além do salário de 6 400 reais na Assembleia, Raimunda, a mãe do “Gordinho”, como Adriano é conhecido, recebeu entre 2017 e 2018 uma ajuda de custo dos cofres da quadrilha para pagar o condomínio.
A reportagem também detalha a morte de Gênesis Luiz da Silva, de 19 anos, morto com um tiro nas costas, no que Queiroz descreveu, claro, como outro ataque de bandidos a policiais.
E reproduz o termo de declarações da mulher do amigo presidencial onde Márcia diz que foi agredida com “vários socos na cabeça, costela e braços” e que não havia sido a primeira vez. Como o amor é lindo, Márcia retirou a queixa.
Deus acima de tudo…
Do Tijolaço