Vaza Jato – Dallagnol utilizou igreja para fazer pressão política

Diálogos publicados pelo The intercept Brasil revela que Dallagnol utilizou a igreja por ele frequentada e eventualmente pregava para organizar encontros do Instituto Mude – Chega de Corrupção.

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Deltan Dallagnol, de procurador à conspirador maquiavélico

Dentre as inúmeras ilegalidades, o procurador articulou nos bastidores ações para  pressionar o Congresso para a aprovação das dez medidas contra a corrupção.

Igrejas evangélicas, o fermento do fascismo.

O site informa ainda que o coordenador da Lava Jato no Paraná atuou como diretor informal do movimento de direita, e seus principais organizadores são todos membros da Igreja Batista do Bacacheri, templo evangélico em Curitiba.

O Projeto das DEZ MEDIDAS CONTRA A CORRUPÇÃO foi entregue ao Congresso em março de 2016 acompanhado de mais de 2 milhões de assinaturas. O texto passou por uma comissão especial na Câmara e entrou na fase decisiva em novembro.

No dia 17, quando havia a expectativa de que fosse votado no colegiado, Dallagnol fez um informe ao grupo Parceiros 10 Medidas MPF assim que soube que a votação não ocorreria naquele dia, por falta de quórum:

“Caros, votação será adiada para terça feira. Agora temos que adotar uma estratégia forte, de diferentes frentes. Uma delas será colocar 500 pessoas no Congresso. Já alinhei isso com o MUDE e eles têm capacidade para fazer isso”, escreveu, pela manhã.

À tarde, após a procuradora Thaméa Danelon informar que avisara vários grupos alinhados à direita, Dallagnol passou a traçar estratégias de ação:

17 de Novembro de 2016 – Grupo 2017 – Parceiros/MPF – 10 Medidas.

Thaméa Danelon – 13:44:49 – Já acionei o VPR, Nas Ruas, Brasil MelhorBrasil Livre

Deltan Dallagnol – 13:44:55 – Danilo, precisamos o quanto antes de uma divisão de tarefas: 1) quem fala com que veículo de imprensa. Entrevistas serão mais fáceis de emplacar do que artigos. 2) quem fala com que deputado. Era bom dividirmos os deputados da comissão e os líderes 3) orientação padronizada do conteúdo da abordagem 4) quem tiver contato com movimentos teria que pedir algo na linha da única linguagem que os deputados falam: a do voto e próximas eleições. A estratégia dos movimentos tem de ser de name and shame nas redes sociais. A segunda estratégia é ligar, tuitar, mandar e-mail… 5) Estou em SP e vou tentar espaço nos jornais Folha e Estadao, falando com os donos

Danelon – 13:44:56 – Eles vão lotar a Câmara na terça

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