Alexandre Motta de Souza, o homem que guardava 117 fuzis em sua casa para o amigo miliciano, Ronnie Lessa (vizinho do Jair Bolsonaro, no condomínio da Barra da Tijuca), acusado de ter executado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, saiu da cadeia no início de junho quando a juíza Alessandra Bilac, da 40ª Vara Criminal do Rio, boazinha que só vendo, revogou a prisão preventiva dele por acreditar em sua inocência, reforçada pelo opinião dos policiais bonzinhos que o haviam prendido.
Segundo os policiais, que testemunharam a favor do preso, Souza “demonstrou surpresa e desespero com o que havia dentro” das caixas e disse não saber se ali havia peças de fuzis. “Ele é amigo do Lessa há anos e apenas lhe fez o favor de armazenar a encomenda em seu apartamento. Ele não sabia do que se tratava. E foi uma surpresa para ele ver o que se encontrava dentro das caixas”, afirmou seu advogado, Leonardo da Luz.
Souza disse que os 117 fuzis desmontados (alguns com inscrição USMC, ou seja, exclusivos dos United States Marine Corps, os fuzileiros navais dos Estados Unidos) pertenciam ao seu amigo Lessa, suspeito de ter sido o executor de Marielle, mas que o amigo havia lhe dito que as caixas continham equipamento de “air soft” (jogo em que os participantes utilizam arma de pressão).
A juíza “acreditou” e liberou o rapaz.
Mas, além dos 117 fuzis desmontados, o apartamento de Souza no bairro do Méier, Zona Norte do Rio, tinha também 500 munições, três silenciadores e R$ 112 mil em dinheiro, tudo muito “soft” também.
Todo o arsenal foi descoberto no mesmo dia em que Ronnie Lessa foi preso em sua casa no mesmo condomínio da Barra da Tijuca onde Jair Bolsonaro é vizinho. Um filho de Bolsonaro, inclusive, namorou uma filha de Lessa.
O sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes e seu parceiro, o ex-policial militar Élcio Queiroz, acusado de ter sido o motorista durante a emboscada ao carro da vereadora, estão atualmente detidos no Presidio Federal de Mossoró (RN).
Souza e o amigo Lessa respondem à Justiça por comércio ilegal de armas.
E segue a moralidade alardeada pelos coxinhas e bolsominions.
Do Diário da Causa Operaria