Por Fernando Brito, em seu blog:
O vídeo divulgado pelo ‘marqueteiro’ de Michel Temer – a troco de quê Michel Temer tem um marqueteiro, se está retirado da vida pública? – teve ter deixado Jair Bolsonaro furioso. Imitado pelo filho de seu ex-auxiliar e agora assessor de Doria, o presidente – não sem reação, observe-se – é posto como um idiota pelo homem que o “salvou” e que se vangloria, às gargalhadas, por isso.
Numa mesa com empresários, patrocinada pelo financista Naji Nahas, de fama histórica, o ex-presidente solta as risadas fossem diante de uma simples brincadeira, não de uma situação dramática que ameaçava fazer desabarem 30 anos de institucionalidade do país.
Indigno até com Bolsonaro que, desesperado ou não, ofereceu-lhe sua intimidade e aceitou suas orientações, humilhando-se publicamente para isso.
Mas é pior, é brincar com a situação de um homem tão insano quanto poderoso, que tem nas mãos a economia, as leis e o comando das Forças Armadas que tem de ser detido, não provocado a mais sandices.
Não se sabe qual é a reação de Bolsonaro à revelação deste deboche, mas é certo que, se Michel Temer foi um freio às suas loucuras golpistas, não o é mais, depois disso.
Ao contrário da famosa frase de Ulysses Guimarães sobre ser velho, mas não velhaco; Temer que é ambas as coisas.
Não é um interlocutor político, é um dissimulado, falso, traidor e sai, deste episódio, inútil até para o mais imprestável dos homens públicos, o atual presidente da República.
Acha-se um luxo; é um lixo.