Na conversa, Zema revelou ainda que não teve mais contatos com Bolsonaro desde a derrota do candidato neofascista. Ele não soube explicar a motivação do afastamento, mas suspeita que o aliado esteja com problemas de saúde.
Enquanto descansa, em casa, da cirurgia na laringe para a retirada de uma lesão, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assiste à derrocada do governo derrotado de Jair Bolsonaro (PL). Nesta manhã, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que não pretende ter uma relação bélica ou de oposição ferrenha ao presidente eleito. O político apoiou Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno e chegou a se classificar como ‘PTfóbico’.
— Vai ser uma relação republicana, boa, transparente. A não ser que eles não queiram. Não vou ficar atacando, mandando pedra, que não é o meu estilo. Mas nós vamos também reclamar. Qualquer coisa indevida, que venha a prejudicar Minas Gerais, não vamos concordar de forma nenhuma — disse Zema, a jornalistas.
Recuperação
Na conversa, Zema revelou ainda que não teve mais contatos com Bolsonaro desde a derrota do candidato neofascista. Ele não soube explicar a motivação do afastamento, mas suspeita que o aliado esteja com problemas de saúde.
— O presidente depois da eleição tem se mantido distante, me parece que ele está tratando de um problema de saúde. Não tive mais contato com ele — cogita.
Ainda nesta tarde, Lula cancelou a viagem que faria a Brasília. A decisão foi tomada após médicos e aliados avaliarem que ele não conseguiria poupar a voz na capital federal, como necessário, após a cirurgia realizada no fim de semana.
— Ele não virá. Nossa avaliação é que, ficando em São Paulo, ele poupará mais a voz. Ficará lá, acompanhando as atividades e reuniões de lá — adiantou o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que é médico e aliado de Lula.
Fonte: CdB