Caso Marielle: depósito de R$ 100 mil e depoimentos combinados embasaram prisão de acusados
Acusado de envolvimento nas mortes da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, o sargento reformado Ronnie Lessa teria recebido um depósito de R$ 100 mil feito em 09 de outubro de 2018, segundo um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Além disso, ele e o ex-PM Élcio Queiroz (também apontado como um dos envolvidos na morte da parlamentar) teriam combinado detalhes de depoimentos prestados à polícia por Élcio e outro investigado no começo de fevereiro. As informações constam no documento que embasou a prisão preventiva dos dois, decretada nesta quinta-feira pela Justiça.
O relatório informa que o depósito na conta de Ronnie foi feito na boca do caixa e indicaria que o sargento pode ter participado de outros crimes após a morte da vereadora. Já em relação ao depoimentos combinados, o texto afirma que Ronnie, Élcio e o sargento da PM Pedro Bazzanella se encontraram no último dia 1º de fevereiro no restaurante Resenha, na Barra – onde ficaram por cerca de 1 hora. Bazzanella foi um dos alvos da operação Lume, que prendeu Ronnie e Élcio na última terça-feira.
De acordo com o documento, logo após o encontro, Élcio e o Bazzanella prestaram depoimentos sobre o caso Marielle à Divisão de Homicídios, confirmaram que tinham se visto, mas omitiram a presença de Ronnie no encontro. Segundo o relatório, depois do depoimento, Bazzanella teria voltado ao Resenha e passado mais 1 hora na companhia de Ronnie. “Os denunciados Ronnie Lessa e Élcio foram flagrados em plena combinação de depoimentos”, afirma o pedido de prisão.
Após a decretação da prisão preventiva nesta quinta-feira, Ronnie e Élcio devem ser encaminhados a Bangu 1. De lá, eles serão conduzidos a um presídio federal de segurança máxima. Além da prisão, foi determinado o bloqueio dos bens dos acusados.
Risco de fuga para Atlanta
Entre os motivos elencados para o pedido da prisão preventiva de Ronnie, está o risco de que o PM reformado fugisse para Atlanta, nos Estados Unidos. De acordo com o documento, ele tem uma filha que mora na cidade americana.
De acordo com o relatório, as investigações concentraram suas atenções em Ronnie após uma denúncia anônima feita por telefone à Divisão de Homicídios em 15 de outubro de 2018. Ela apontava um PM reformado de nome Lessa e conhecido como Perneta como autor dos assassinatos de Marielle e Anderson. O homem teria estado no restaurante Tamboril, na Barra, antes de realizar execução. A partir do cruzamento de dados, a polícia chegou a Ronnie.
Do Globo
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