O Melaleuca australiano passou a ser chamado de “árvore do chá” por sugestão do famoso viajante James Cook: a infusão curativa das folhas dessa árvore lembrava a cor do chá.
No entanto, esse “chá” não pode ser bebido e os nativos o usavam como remédio externo – para tratar feridas, doenças de pele, picadas de insetos e queimaduras solares. Os corantes Melaleuca podem transformar até mesmo um lago inteiro em “chá” se houver muitas dessas árvores crescendo ao longo das margens do reservatório, e os lagos marrons são uma das atrações da Austrália.
As propriedades curativas da árvore do chá
Hoje a melaleuca cresce em diferentes países, mas as matérias-primas australianas têm as melhores propriedades e, se possível, deve-se dar preferência a ela. O óleo contém até 98 substâncias biologicamente ativas e suas propriedades bactericidas são fornecidas por dois componentes principais:
- terpineno (até 48%),
- cineol (até 15%).
A desvantagem do cineol é seu efeito irritante e ardente. Óleo com alto teor de terpineno (mais de 40%) e baixo teor de cineol (cerca de 5%) é considerado ideal. Quando usado internamente, o medicamento é tóxico, e crianças e mulheres grávidas não podem usá-lo nem externamente. As reações alérgicas também são possíveis.
O espectro de ação bactericida desta planta é amplo: é prejudicial para bactérias, vírus e fungos. Os insetos também não gostam dele, os vapores da árvore do chá ajudam a eliminá-los. Antes da era dos antibióticos, a Melaleuca teve sucesso no tratamento de feridas, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial. A árvore do chá também possui propriedades imunoestimulantes, alivia o edema e acelera a regeneração dos tecidos.
O uso do óleo da árvore do chá em cosmetologia e dermatologia
Como remédio externo, o óleo da árvore do chá é usado para prevenir e tratar a acne (acne). No entanto, é importante não exagerar: a aplicação de grandes doses de óleo não diluído pode resultar em queimaduras. Para a “cauterização” da acne, é usado apenas pontualmente e com a ajuda de um cotonete.
Pequenas doses (2-3 gotas) também são utilizadas em máscaras à base de argila, banhos (8 gotas) e wraps, soluções para o cuidado da pele problemática (5 partes de óleo e 95 partes de água). A planta também auxilia no cuidado com os cabelos: alivia a caspa (põe algumas gotas no xampu) e até trata os piolhos.
O óleo da árvore do chá é usado para fungos nos pés e nas unhas (banhos, esfregões ou aplicações), bem como no combate à transpiração excessiva dos pés (as propriedades desodorizantes da árvore do chá são especialmente apreciadas pelos atletas).
Prevenção e tratamento de infecções com óleo da árvore do chá
Para resfriados e infecções virais, o óleo da árvore do chá é recomendado para ser usado na forma de aromaterapia, inalação – isso ajuda a combater microorganismos, estimula a imunidade e tem um efeito positivo no bem-estar. É usado localmente para tratar um resfriado (esfregue 1-3 gotas na área acima da ponte do nariz) ou otite média (instilada no canal auditivo misturada com outros óleos).
As propriedades antimicrobianas e desodorizantes da árvore do chá têm aplicação em odontologia, especialmente em doenças inflamatórias das gengivas, a periodontite. O efeito clareador também é descrito com o uso regular de uma gota de óleo para a limpeza dos dentes. Porém, é preciso lembrar de suas propriedades tóxicas e tomar precauções (não exceda a dose, enxágue a boca com água no final do tratamento de dentes e gengivas).
O valor dos medicamentos antibacterianos naturais está aumentando atualmente, quando a resistência dos microrganismos aos medicamentos está se tornando um problema.