O ataque teve como alvo uma área para onde os palestinos fugiram como resultado do bombardeio indiscriminado na cidade de Rafah, no sul do país.
As forças israelitas cometeram outro massacre perto da cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, na tarde de 28 de Maio, matando mais de 20 palestinos no terceiro ataque deste tipo em dois dias.
De acordo com o porta-voz da Defesa Civil de Gaza, quatro projéteis de artilharia atingiram tendas de palestinos deslocados na área costeira de Al-Mawasi, ao sul da faixa e a oeste de Rafah. O Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 20 pessoas foram mortas no ataque, realizado com projéteis de artilharia.
Os palestinos têm fugido para Al-Mawasi para escapar ao bombardeamento indiscriminado de Rafah.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram dezenas de corpos no chão enquanto pessoas próximas gritavam e oravam.
BREAKING | Another massacre in Rafah: Israel bombs tents for the displaced in Al-Mawasi, resulting in over a dozen deaths.
This is the third time in two days that Israel targets displaced Gazans in Rafah, the second being this morning. pic.twitter.com/od0KuqzMhr
— The Cradle (@TheCradleMedia) May 28, 2024
Poucas horas antes, a artilharia israelense e o fogo de tanques atingiram tendas na área de Tal al-Sultan, no noroeste de Rafah, a mesma área onde um massacre foi cometido por Israel no domingo.
“Sete pessoas foram mortas e outras ficaram feridas, como resultado de bombardeios de artilharia que atingiram acampamentos de tendas para pessoas deslocadas… na área de Tal al-Sultan, a noroeste da cidade de Rafah”, informou a agência de notícias WAFA na terça-feira.
O ataque mortal a Tal al-Sultan ocorreu num momento em que as forças israelitas avançam com a sua operação em Rafah, que começou em 7 de Maio e deslocou à força um milhão de palestinos.
Pelo menos 40 palestinos foram mortos em 26 de maio em ataques aéreos israelenses contra um acampamento no noroeste de Rafah.
O ataque israelense na noite de domingo utilizou mais de seis mísseis e deixou várias mulheres e crianças mortas. A área visada foi designada como zona segura por Israel e abrigava milhares de palestinos deslocados.
O massacre ocorreu dois dias depois de o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) ter ordenado a Israel que suspendesse a sua ofensiva militar em Rafah, como parte do caso de genocídio em curso movido pela África do Sul.
Pessoas nos EUA, em França, na Turquia e noutros locais saíram às ruas em 27 de Maio em protesto contra a violência de Israel.
thecradle.co