Neste sábado (8), um grupo de motoboys se reuniu para protestar em frente ao condomínio, em Valinhos, São Paulo, onde mora Mateus Abreu, contabilista que ofendeu o entregador Matheus Pires com racismo.
O grupo de motoboys e entregadores foi até o condomínio onde o fato ocorreu para protestar contra o morador e apoiar o colega de profissão. Cerca de 100 pessoas participaram do protesto em frente ao local. O grupo de trabalhadores de aplicativos se reuniu em um posto de combustíveis na região durante a manhã deste sábado (8) e então partiu para o residencial, conforme publicou o portal G1.
Todo castigo pra racista é pouco.
Motoboys protestam no condomínio do homem que ofendeu o Mateus, em Valinhos.pic.twitter.com/jyY7kg7TDq
— Emílio Moreno 😷 (@emiliomoreno) August 8, 2020
Na sexta-feira (7), um vídeo mostrando o contabilista Mateus Abreu, que é branco, proferindo ofensas racistas contra o entregador Matheus Pires, no interior de São Paulo, viralizou nas redes sociais.
RACISMO, COVARDIA E IMBECILIDADE! Um trabalhador entregador de aplicativo é humilhado por um homem, que o chama de ‘lixo’, pergunta o quanto ele ganha por mês, diz que ele tem ‘inveja’ dele, de sua casa, e de sua pele. O entregador não ficou calado.pic.twitter.com/WrBhwhXvUU
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) August 7, 2020
No vídeo, o contabilista ofende diversas vezes o entregador e a certa altura aponta para o próprio braço e diz que o motoboy tem inveja de sua cor.
O boletim de ocorrência registra que o entregador contou ter sido chamado de “preto e favelado” pelo morador do condomínio. À polícia, o agressor negou ter feito ofensas relacionadas à cor do entregador vítima de racismo.
Motoboys fazem buzinaço em protesto a favor do entregador Matheus vítima de racismo
No vídeo com a cena racista um H chega a apontar p/ a própria pele e falar q o entregador negro tem inveja#Resistencia856Dias #BrasilComHaddad #Bolsonaro100Mil
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Segundo publicou o jornal Folha de São Paulo, o contabilista já era conhecido entre os entregadores por tentar obrigar que a entrega chegasse na porta de sua casa, enquanto os demais moradores do condomínio buscavam seus pedidos no portão.
O caso foi registrado como crime de injúria racial na delegacia de Valinhos e a pena máxima pode chegar a três anos de prisão. O contabilista também foi banido do aplicativo de entregas que utilizava. (Com Sputnik)