O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) às 15h45 deste sábado (2/3), depois de participar do velório e da cremação do corpo seu neto Arthur Araújo Lula da Silva, 7 anos. A cerimônia ocorreu no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo (SP). Lula saiu de São Paulo por volta das 13h.
Lula deixou a sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, às 7h deste sábado (2), depois de conseguir autorização para ir ao velório. Ele saiu da Superintendência da PF de helicóptero a caminho do aeroporto. De lá, pegou um avião cedido pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), rumo a São Paulo. De SP, em outro helicóptero, seguiu para São Bernardo.
Recebido sob gritos de “Lula, guerreiro do povo brasileiro”, o ex-presidente não pôde falar com os apoiadores que o aguardavam do lado de fora. Ele acenou rapidamente para os militantes na chegada e na saída do cemitério. Permaneceu no local, em companhia da família, por cerca de 1h30, período estabelecido pela Justiça. Durante todo o tempo, ficou sob a vigilância de policiais federais armados: ao todo, 200 homens participaram da operação de translado e escolta do ex-presidente entre Curitiba e São Bernardo do Campo.
Apoio
Ex-candidato à Presidência da República pelo PSol, Guilherme Boulos foi um dos primeiros a chegar ao Cemitério Jardim da Colina. Além dele, diversos políticos, principalmente do PT, estiveram no local. Adversário de Boulos nas eleições presidenciais de outubro passado, Fernando Haddad (PT-SP) entrou no cemitério, ainda no início da manhã, acompanhado da presidente do partido, Gleisi Hoffmann.
Outros nomes importantes do PT passaram pelo cemitério em São Bernardo, como a ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo Lula, Benedita da Silva, o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o ex-senador Eduardo Suplicy, e o ex-presidente da legenda José Genoino.
A ex-presidente Dilma Rousseff desembarcou na cidade, por volta das 9h, acompanhada do ex-presidente do PT Rui Falcão. Ela deixou o local por volta de 12h10 acompanhada do ex-ministro Aloísio Mercadante.
Entenda o caso
Arthur chegou debilitado e com febre alta ao Hospital Bartira, da Rede D’Or, em Santo André, nessa sexta-feira (1º). O garoto não resistiu e morreu vítima de meningite. Ele é filho de Sandro Lula da Silva, o caçula de Lula com Marisa Letícia.
Ao saber da morte do neto, os advogados de defesa pediram autorização para que o ex-presidente pudesse velar o pequeno. O pedido de liberação foi protocolado pelo advogado Cristiano Zanin, defensor do ex-presidente. “O artigo 120, inciso I, da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84) expressamente assegura o direito do cidadão em situação de encarceramento sair temporariamente do estabelecimento em que se encontra na hipótese de falecimento de descendente”, apontou em documento.
Do Metropoles