O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva convocou o grupo de aliados do BRICS a finalmente abandonar o domínio do dólar. Para isso, segundo o político, é preciso formar uma moeda alternativa para o comércio.
O dirigente brasileiro fez o apelo em discurso no New Development Bank, localizado em Xangai, na China. Lula da Silva fez perguntas à plateia: “Quem decidiu que nossas moedas são fracas e não valem nada em outros países? Quem decidiu que o dólar se tornou a principal moeda após a abolição do padrão-ouro?
Lula, com suas iniciativas contra a hegemonia do dólar, está ajudando as crescentes aspirações da China de usar o yuan em acordos de matérias-primas em transações internacionais.
O líder chinês Xi Jinping, em conversa com seu homólogo brasileiro hoje, espera convencê-lo a apoiar os programas de política externa de Pequim. O interesse do lado chinês é, entre outras coisas, intensificar uma das iniciativas introduzidas em 2013 – o princípio da política One Belt, One Road. De acordo com estes objetivos, propõe-se intensificar o comércio internacional e os projetos de investimento, que envolverão o maior número possível de países. Até o momento, 150 países aderiram a este projeto de comércio e investimento.
Na última década, o comércio entre a China e o Brasil cresceu para US$ 150 bilhões em 2022. A China comprou a maioria dos chamados produtos agrícolas, incluindo minerais. E os chineses investiram no mercado consumidor brasileiro e no setor de infraestrutura.
O fortalecimento e aprofundamento das relações atribui a ambos países a tarefa de ampliar o uso das moedas nacionais para o comércio bilateral. Já neste mês de abril, a sucursal do Banco Estatal Industrial e Comercial da China no Brasil realizou a primeira transação em yuan.
Segundo as informações anteriores, da plataforma global de pagamentos SWIFT, apontavam para um aumento da quota da moeda chinesa no comércio mundial em 4,5%. Isso foi facilitado pelo uso generalizado da moeda chinesa no comércio entre a Rússia e a China.
Fonte: annanews