Publicado originalmente no Blog do autor:
Por Esmael Moraes
O coordenador-geral da força-tarefa Lava Jato, Deltan Dallagnol, deverá ganhar um “cartão vermelho” e ser substituído em brevíssimo tempo.
A saída de Deltan, no entanto, se dará em meio a críticas ao custo operacional das unidades em São Paulo, Rio e Curitiba.
Segundo o vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros, a Lava Jato, na verdade, funciona como uma agência de turismo para alguns procuradores.
Medeiros criticou que “a despesa com diárias e passagens de força-tarefa em 2019 é maior do que a de qualquer Procuradoria da República ou Câmara, PFDC [Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão] ou Corregedoria”.
O torpedo disparado coincidiu com a abertura, nesta sexta-feira (24), do processo de consultas na PGR para escolher procuradores do Ministério Público Federal para atuar nas forças-tarefa da Lava Jato em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro.
“Que tal? Quanto cada super-herói ganhou?”, questionou o atento advogado Luiz Carlos Rocha, o Rochinha, um dos defensores do ex-presidente Lula na capital paranaense.
Em meio ao tiroteio interno, na PGR, manifestantes do Coletivo pela Verdade, Justiça e Democracia realizaram ontem um barulhento protesto contra a Lava Jato em Curitiba.
Manifestantes exibiram faixas em frente ao prédio do MPF, na Rua Marechal Deodoro, próximo a Boca Maldita, ponto de encontro democrático que abrigou o comício das Diretas Já em 1984.
“Lava Jato causou prejuízos de R$ 142 bilhões à economia brasileira e milhões de desempregos”, dizia uma das faixas. “Basta de mentiras, crimes e abusos da Lava Jato”, registrava outra faixa.
A parceira da força-tarefa Lava Jato com o FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal americana, também não foi poupada pelo coletivo de manifestantes.
“Devolvam a soberania do Brasil. Fora FBI!” e “Força PGR. A Lava Jato não está acima da lei.”
É nesse ambiente que a “LavaJatoTUR” realiza a troca de comando.
Protesto contra a Lava Jato agita centro de Curitiba; PGR faz devassa no MPF-PR
Integrantes do Coletivo pela Verdade, Justiça e Democracia realizaram uma manifestação contra a Lava Jato, nesta sexta-feira (24), no centro de Curitiba, em apoio à devassa da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Desde o início desta semana, procuradores vindos de Brasília realizam buscas nos arquivos de operações pretéritas. A Lava Jato foi autorizada a funcionar em março de 2014.
A força-tarefa da “República de Curitiba”, coordenada por Deltan Dallagnol, se recusava a compartilhar dados com a PGR. Em virtude disso, o procurador-geral Augusto Aras reclamou ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Dias Toffoli, presidente do STF, no plantão, concedeu liminar obrigando a Lava Jato a compartilhar os dados. Por isso a PGR determinou a devassa em curso na capital paranaense.
Os manifestantes exibiram faixas em frente ao prédio do MPF, na Rua Marechal Deodoro, próximo a Boca Maldita, ponto de encontro democrático que abrigou o comício das Diretas Já em 1984.
“Lava Jato causou prejuízos de R$ 142 bilhões à economia brasileira e milhões de desempregos”, dizia uma das faixas. “Basta de mentiras, crimes e abusos da Lava Jato”, registrava outra faixa.
A parceira da força-tarefa Lava Jato com o FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal americana, também não foi poupada pelo coletivo de manifestantes.
“Devolvam a soberania do Brasil. Fora FBI!” e “Força PGR. A Lava Jato não está acima da lei.”
Os registros fotográficos foram do excelente repórter Joka Madruga.