Grupo de Lima pede saída por ‘meios políticos’ e ‘sem o uso da força’ na Venezuela
Representantes diplomáticos do Brasil e do Peru, países que fazem parte do Grupo de Lima, afirmaram nesta segunda-feira (25) que descartam uma intervenção militar na Venezuela. O encontro ocorreu em Bogotá, capital da Colômbia. A declaração oficial do bloco ainda não foi divulgada.
“O uso da força é inaceitável. Aqui no Grupo de Lima lutamos para que a solução se dê de forma pacífica. O grupo não quer uma posição intransigente, quer uma solução pacífica para a Venezuela”, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores do Peru, Hugo de Zela.
Cumprindo seu primeiro compromisso internacional, o vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, criticou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mas defendeu uma resolução “sem medidas extremas”.
“O Brasil acredita firmemente que é possível a Venezuela regressar ao convívio democrático sem medidas extremas que o caracterizem como invasor ou agressor”, afirmou Mourão.
Cerco mais poderoso
A Colômbia, que no último final de semana protagonizou uma ação de suposta ajuda humanitária ao país vizinho, defendeu um tom mais duro.
O chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, criticou o presidente da Venezuela, mas também não falou diretamente sobre a possibilidade de uma intervenção militar. “Devemos fazer tudo que esteja ao nosso alcance para acabar com a ditadura de Maduro”, afirmou.
Na ocasião, o representante também fez um convite para que “mais e mais membros da comunidade internacional” se unam contra o atual governo da Venezuela.
O presidente da Colômbia, Iván Duque, também pediu um endurecimento “mais poderoso e efetivo” contra Caracas. Segundo ele, a “reunião tem que servir para que o cerco seja mais poderoso, mais efetivo e permita construir rapidamente essa transição que o povo da Venezuela reclama”.