É preciso organizar piquetes contra os fura-greve, formar comitês de autodefesa, paralisar mais unidades, colocar na pauta o Fora Bolsonaro e ter a adesão de mais categorias
Nesta terça-feira (11), a greve dos petroleiros completa 11 dias de vigor, tendo alcançado, conforme o último balanço realizado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), 102 unidades. No balanço anterior, divulgado ontem a noite, eram 95 unidades paralisadas.
São também mais de 20 mil trabalhadores de braços cruzados nas 48 plataformas, 20 terminais, 11 refinarias, 7 campos terrestres, 5 termelétricas, 3 UTGs, 1 usina de biocombustível, 1 fábrica de fertilizantes, 1 fábrica de lubrificantes, 1 usina de xisto, 1 complexo petroquímico e 3 bases administrativas.
Os diretores da FUP que ocuparam o quarto andar do prédio da Petrobras no Rio de Janeiro no dia 31 continuam mantendo a ocupação, como parte da greve e dos protestos contra os ataques do governo ilegítimo de Bolsonaro à empresa.
22 dias de resistência na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, em Araucária (PR). Trabalhadores seguem acampados em frente à unidade, lutando contra o seu fechamento e as mil demissões previstas para começar na sexta. #FafenResiste#PetroleirosPelaSoberania pic.twitter.com/PeQrlNH4xv
— Federação Única dos Petroleiros (@FUP_Brasil) February 11, 2020
O estopim da greve foi o anúncio de fechamento e demissão de mil trabalhadores petroquímicos da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN), em Araucária, Paraná, no meio de janeiro. Esses trabalhadores, então, iniciaram uma greve com ocupação do local, e foram seguidos pelos petroleiros do Brasil inteiro que, em assembleia, foram aderindo à paralisação. Afinal, a luta é a mesma: contra as demissões e privatizações que vêm ocorrendo em várias unidades da Petrobras pelo País e, especificamente, pela derrubada do governo Bolsonaro, responsável direto por essa situação, a fim de entregar a companhia aos grandes monopólios imperialistas.
Os petroleiros devem radicalizar a greve. Contra a tentativa da direção bolsonarista da Petrobras de acabar com a paralisação, contratando fura-greves, é preciso organizar os piquetes em todos os locais de trabalho para garantir a paralisia das atividades. Ocupar os demais locais, impedir a produção, construir comitês de autodefesa e chamar à solidariedade e apoio dos trabalhadores das demais categorias pelo Fora Bolsonaro.
Fonte: DCO