“Greve de caminhoneiros” prova que país precisa andar nos trilhos

Os empresários de transporte iniciaram nesta segunda-feira (31/10) um locaute, usando motoristas de caminhões, para contestar o resultado democrático das urnas, que escolheram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República.

LOCKOUT
Reprodução

Segundo levantamento da PRF (Polícia Rodoviária Federal), caminhoneiros bolsonaristas fecham rodovias em 16 estados brasileiros em protesto contra a vitória de Lula.

  • Acre;
  • Alagoas;
  • Amazonas;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Mato Grosso;
  • Mato Grosso do Sul;
  • Minas Gerais;
  • Pará; Paraná;
  • Rio de Janeiro;
  • Rio Grande do Norte;
  • Rondônia; Roraima;
  • Santa Catarina; e
  • São Paulo.

O Locaute ou lockout é proibido pela Lei 7.783/89, pois, segundo a legislação brasileira, essa prática de chantagem patronal, usando inclusive os trabalhadores para obter vantagem econômica, constitui-se crime contra o interesse público.

Cabe à AGU (Advocacia-Geral da União) ingressar na Justiça com interdito proibitório contra os bolsonaristas donos das empresas de caminhão para liberar as rodovias bloqueadas – sob pena de cometer o crime de prevaricação.

Dito isso, as constantes chantagens patronais contra o interesse público provam que o Brasil precisa urgentemente andar nos trilhos, ou seja, mudar seu modal de transporte.

Deixar de transportar seus commodities e produtos pela via rodovia e apostar nas ferrovias, hidrovias e navegação de cabotagem.

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Paraná (Fetropar), Moacir Ribas Czeck, contestou que esse movimento bolsonarista seja uma greve de caminhoneiros.

“Não se trata de um movimento de greve”, disse ele. Em nota, a entidade considera esse locaute ilegítimo, abusivo, ilegal e antidemocrática a conduta de paralisação de rodovias brasileiras.

Segundo Czeck, o que se está vendo é o exercício da força por setores da economia descontentes com o resultado do processo eleitoral e quer se recusar a aceitar a vontade livre da maioria democrática do país, fazendo uma paralisação sem causa ou respaldo legal.

O presidente da Fretropar ressalta que não há envolvimento de entidades sindicais, representativas de trabalhadores, nesse movimento patronal contra a democracia.

Fonte: Blog do Esmael

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