O México denunciou o cerco policial de sua residência e embaixada na Bolívia, onde há nove funcionários do legítimo governo de Evo Morales.
Depois situação irregular registrada na sexta-feira na Embaixada do México localizada em La Paz, Bolívia, em que funcionários espanhóis ficaram retidos, o governo de facto liderado por Jeanine Anez gerou um conflito com o país europeu.
Desde o início da semana, o México denunciou o cerco policial de sua residência e embaixada na Bolívia, onde nove funcionários do governo legítimo de Evo Morales se reúnem após o golpe de Estado de 10 de novembro, alegando perseguição política.
Segundo autoridades diplomáticas, as autoridades espanholas foram à Embaixada para verificar a situação dos líderes políticos, mas no final da reunião, as forças de segurança bolivianas não permitiram que deixassem o local.
Diante dessa situação, a embaixadora mexicana na nação sul-americana, María Teresa Mercado, denunciou o que aconteceu e tentou se comunicar com as autoridades de fato, sem receber resposta por um tempo até que foi permitido as autoridades finalmente pudessem sair.
Por seu lado, a ministra de Relações Exteriores da Bolívia, Karen Longaric, disse à imprensa que pretende protestar ao governo espanhol pela suposta tentativa de entrada “clandestina” de pessoas armadas e encapuzadas em carros oficiais na sede diplomática.
Embora ele não tenha comentado com clareza, Longaric insinuou que o que aconteceu se destinava a transferir as nove pessoas que pediram asilo no México. “O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia ainda não analisou … embora os fatos sejam óbvios”, afirmou.
A funcionário de fato não perdeu a oportunidade de denunciar um suposto “abuso de privilégios” e ameaçou que “saberemos como dar a resposta apropriada em caso de uma ofensa tão grande à soberania da Bolívia”.
O Governo do México denunciou o cerco policial e instou as autoridades de fato a respeitar a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, enquanto planeja denunciar o que está acontecendo no Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) pelo risco à integridade de sua representação.
Com teleSur