Em mais um capítulo da guerra comercial travada por Trump contra a China, a Google rompe negócios com a gigante chinesa.
A Huawei perderá assim acesso a atualizações do sistema operacional Android. A próxima versão de seus smartphones fora da China também perderá acesso a aplicações e serviços populares.
Depois de Donald Trump ter colocado a gigante chinesa de telecomunicações Huawei na lista negra, a Google suspendeu todos os negócios com a empresa que exigem a transferência de produtos de hardware e software — excepto os que estão cobertos por licenças de código aberto — avança a agência Reuters.
A Huawei perderá assim acesso a atualizações do sistema operacional Android. A próxima versão de seus smartphones fora da China também perderá acesso a aplicações e serviços populares, incluindo a Google Play Store e o Gmail, adianta a mesma fonte. A Huawei continuará, no entanto, a ter acesso à versão do Android disponível através da licença de código aberto. Mas a Google deixará de fornecer suporte técnico e colaboração para os serviços do Android e da Google para a Huawei, escreve ainda a Reuters.
O rompimento com a Huawei acontece três dias depois e presidente norte-americano ter declarado “emergência nacional” e emitido uma ordem executiva a proibir empresas do país de usarem equipamentos de telecomunicações de empresas estrangeiras consideradas de risco.
A ordem autorizou o Departamento do Comércio a impedir negócios que envolvam tecnologias desenvolvidas por “adversários estrangeiros” que a Casa Branca considera que estão a explorar vulnerabilidades nos serviços e infraestruturas tecnológicas de informação e comunicação dos Estados Unidos para espionagem ou sabotagem. O decreto presidencial dava 150 dias ao Departamento do Comércio para levar a cabo a medida, estabelecendo as proibições.
O Departamento do Comércio colocou também a Huawei na “lista negra” dos Estados Unidos, o que poderá impedir as empresas norte-americanas de venderem os seus produtos à gigante chinesa. Na prática, esta decisão exige que as empresas norte-americanas obtenham licença para vender tecnologia crítica à Huawei.
Fonte: Observador