General Santos Cruz fez mais um duro ataque a Jair Bolsonaro, desta vez criticando-o pelo veto à aquisição de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, produzida na China, travando uma guerra ideológica com o país. Segundo ele, Bolsonaro possui uma “mediocridade extrema
247 – O general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, fez nesta quinta-feira (22) mais um duro ataque a Jair Bolsonaro, desta vez pelo veto à aquisição de 46 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac, anteriormente anunciada pelo ministro da Saúde, o também general Eduardo Pazuello.
Em declaração ao jornal Estado de S.Paulo, Cruz disse que “é um nível de mediocridade extrema o jeito como isso está sendo tratado”.
“Se vai comprar a vacina A, B ou C, não sei, mas é uma questão de saúde pública que deve ser discutida tecnicamente, não politicamente assim”, acrescentou o ex-ministro de Bolsonaro.
Reações
O comportamento de Bolsonaro, que constrangeu seu ministro da Saúde publicamente e criou mais um mal estar diplomático com a China, parceiro estratégico do Brasil, gerou reações negativas em diversos setores da sociedade.
O ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, que se demitiu por se negar a prescrever cloroquina aos brasileiros, disse que Jair Bolsonaro representa uma liderança tóxica e recomendou ao ministro Eduardo Pazuello que se demita.
A mídia corporativa também se posicionou em seus editoriais nesta quinta. O jornal Folha de S.Paulo declarou que “Jair Bolsonaro precisa ser contido”. Já o jornal Estado de S.Paulo declarou que “Bolsonaro é um presidente ignorante que atua contra a saúde dos brasileiros”.
No campo político, a oposição também se movimenta. A Rede Sustentabilidade elabora uma ação, que pretende ajuizar no STF a obrigação do governo na compra e distribuição de vacinas aprovadas pela Anvisa. Vários governadores se manifestaram à fala de Bolsonaro contra a Coronavac. O PDT, também está entrando com ação no Supremo para garantir a competência de estados e municípios para impor medidas, como vacinação obrigatória.