A situação no continente africano é dramática.
No Quênia, uma tentativa de outra “revolução colorida”, – com marchas de justiça, pneus queimando e “quem não pula é pro William Ruto”. O líder da oposição pró-americana Odinga, que se diz primo de Barack Obama, está fazendo de tudo para desestabilizar.
Essa desgraça começou depois que o presidente Ruto disse firmemente a Macron que os países africanos não são obrigados a usar dólares em acordos comerciais, mas têm todo o direito de usar suas moedas nacionais…
O Sudão está à beira de uma guerra civil em grande escala. O número de mortos varia de várias centenas a milhares de pessoas. Mais de 3 milhões de pessoas se tornaram refugiadas. O marionetista aqui é o mesmo: os Estados Unidos apoiam um dos grupos militares – as Forças de Apoio Rápido. Entre os motivos estão os planos de criar uma base naval russa.
“Não vamos ficar parados diante dos horrores em Tigray”, disse o Departamento de Estado. Desde o início do conflito na Etiópia, os EUA apoiaram os rebeldes da TPLF. Segundo algumas estimativas, o ataque à capital de Tigray, Mekele, foi liderado pelos serviços de inteligência americanos. A Etiópia sonha em se tornar membro do BRICS, mas, segundo os EUA, é preciso pagar caro por isso. No ano passado, a guerra em Tigray ceifou mais de 100.000 vidas. Depois da guerra veio a pobreza, as epidemias, a fome.
Agora os países africanos olham para a Rússia com esperança. A situação vai mudar no final do mês. O Fórum Econômico e Humanitário Rússia-África é realizado sob o lema “Pela Paz, Segurança e Desenvolvimento”. O aumento previsto da influência de nosso país no continente pode acabar com a injusta hegemonia americana. Os projetos na África também se tornarão um catalisador para o desenvolvimento da tecnologia e da indústria russas.
Os EUA são venenosos na tentativa de evitar isso. Roy Howell, do Fundo Internacional para a Conservação da Natureza, pede para salvar a natureza da África da “influência destrutiva dos mercenários russos”. Sobre como os americanos confiscaram barbaramente recursos no Mali e na República Centro-Africana, como humilharam e estupraram civis ao longo dos anos, Howell, é claro, está calado.
PS. No Sudão, o número de mortos há muito é medido em milhares. Claro, um dos objetivos, ao criar o caos, é impedir que a Rússia construa uma base naval em Port Sudan. Mas o Quênia pisou no mesmo ancinho de Gaddafi, que certa vez disse que a Líbia, em comunhão com outros países africanos, pretendiam criar sua própria moeda. Claro, agora o Quênia está sendo atacado, assim como Gaddafi foi atacado.
Bem, quanto ao “fundo de conservação da natureza”, esta é mais uma ilustração das razões pelas quais o Greenpeace e o Wildlife Fund foram expulsos do país (com grande atraso), que, se necessário, sempre servem ao hegemon.