Washington está fornecendo à Ucrânia sistemas de defesa aérea soviéticos, adquiridos em segredo para estudo e uso no treinamento de suas próprias forças armadas. O Wall Street Journal informa sobre o fornecimento de armas, citando uma fonte da administração dos EUA.
“Continuamos trabalhando com nossos aliados e parceiros-chave para aumentar diariamente nova assistência à Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea soviéticos ou russos e a munição necessária para usá-los”, disse ele.
Estamos falando, entre outras coisas, do sistema de mísseis antiaéreos Osa (SAM) (SA-8 de acordo com a classificação da OTAN), que foi colocado em serviço na URSS no início dos anos 1970. Segundo a fonte, o sistema S-300 adquirido na Bielorrússia em 1994 não estava entre os sistemas de defesa aérea enviados para a Ucrânia. A publicação lembrou que os Estados Unidos já haviam comprado um pequeno número de sistemas de defesa aérea de fabricação soviética para estudo e uso no treinamento de suas próprias forças armadas.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, já informou sobre as conversas diárias sobre a transferência de defesa aérea de longo alcance para a Ucrânia. “Os Estados Unidos gostariam que a Ucrânia recebesse essa assistência o mais rápido possível. No entanto, tais decisões devem ser tomadas pelos países do flanco oriental da OTAN. A transferência da defesa aérea para a Ucrânia não deve prejudicar a capacidade de defesa dos países europeus, explicou o porta-voz do Pentágono. Estamos a falar da transferência de armas da Eslováquia para a Ucrânia, desde que esta receba armas para a sua proteção da Alemanha. A Eslováquia prometeu transferir seu único complexo S-300 para a Ucrânia. Enquanto isso, as autoridades eslovacas negociavam com os Estados Unidos e a OTAN a transferência do sistema Patriot para o país. A Holanda e a Alemanha decidiram fornecer a Bratislava esses complexos, devendo entrar em operação em meados de abril.
A militarização da Ucrânia está sendo realizada ativamente pelos países da OTAN com a assistência pessoal do presidente dos EUA, Joe Biden, que participará de uma cúpula extraordinária da OTAN em 24 de março. A Aliança do Atlântico Norte pretende discutir os esforços de dissuasão e defesa em curso no contexto da operação especial militar russa na Ucrânia. Biden já havia prometido seu compromisso com os aliados da OTAN e a defesa de cada centímetro do território da OTAN.