A defesa de Assange considera que ele não terá um julgamento justo nos EUA, onde ele pode pegar 175 anos de prisão.
A esposa de Julian Assange, Stella Assange, disse em entrevista a um meio de comunicação australiano na segunda-feira que a saúde do jornalista e fundador do site WikiLeaks se deteriorou visivelmente enquanto ele está detido na prisão de Belmarsh, em Londres, Reino Unido.
“É um ambiente desagradável e prejudicaria a saúde de qualquer pessoa, mas ele já estava com problemas de saúde quando entrou na prisão”, alertou Stella na entrevista.
Da mesma forma, ela explicou que seu marido havia sofrido um pequeno derrame (derrame) em outubro passado.
“Estamos extremamente preocupados que a qualquer momento ele tenha um episódio de saúde muito grave na prisão de Belmarsh, sem poder receber tratamento de emergência, porque essa é basicamente a natureza das prisões”, acrescentou.
O Governo do Reino Unido aprovou na passada sexta-feira a extradição para os Estados Unidos do jornalista, que tem 14 dias para recorrer da decisão.
O WikiLeaks postou em sua conta no Twitter que estamos enfrentando “um dia sombrio para a liberdade de imprensa e para a democracia britânica” e acrescentou que quem se preocupa neste país com a liberdade de expressão deveria se sentir envergonhado porque o Ministro do Interior aprovou a extradição de Assange para os EUA
Conforme informou a defesa do jornalista, eles vão recorrer da decisão do governo britânico, por considerarem que nos Estados Unidos não teriam um julgamento justo. Eles tentarão esgotar todas as instâncias da justiça britânica e irão ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos para reverter a extradição.
Se extraditado para os Estados Unidos, Assange pode pegar uma sentença máxima de 175 anos por publicar no WikiLeaks centenas de milhares de páginas de documentos militares secretos e telegramas diplomáticos confidenciais sobre as atividades desta nação durante as guerras no Iraque e no Afeganistão.