Depois das grandes passeatas que culminaram com a deposição da presidenta Dilma Roussef e com o agravamento da crise, em que foram atirados de volta para as profundezas da pirâmide social o grupo emergente que havia conquistado ascensão social com os governos do PT. Agora uma parcela da classe média, a mesma que ajudou a derrubar o governo, viu a crise bater em sua porta.
Não se inclui nesse grupo a classe média parasitária pertencente à elite do funcionalismo público que recebem bolsa habitação, bolsa paletó e etc. e tal, para estes tanto faz a crise, pois tem seus “direitos” garantidos.
O pavor de ter sua qualidade de arruinada pela crise e também de despencar pirâmide abaixo rumo a proletarização, fez com que muitos desfizessem de suas propriedades e fazer as malas e emigrarem para o exterior.
Um dado interessante é que uma parcela significativa trocou de destino. Ao invés do destino tradicional que até então era EUA, agora estão rumando para Europa, mais precisamente Portugal e Itália.
Há também o Japão, destino tradicional no momento de crise para os descendentes de japoneses que perdem se empregos ou seus negócios e vão parar na linha de produção.
Um exemplo significativo dessa mudança foi o caso da atriz global Luana Piovani que participou ativamente com camiseta verde amarela das manifestações e agora recentemente desembarcou em Portugal com camiseta vermelha com a estampa de Che Guevara. Ocorre que esta solução tem um prazo de validade.
A crise econômica e imigratória na Europa também é enorme, e tudo indica que vai piorar ainda mais.
Portugal por exemplo, tem a 6ª maior dívida pública do mundo em percentagem do PIB, cerca 130,40%. Enquanto a Itália possui a segunda maior dívida pública da zona do Euro com 132%, ficando atrás apenas da Grécia com 181%.
O caso do Japão é ainda mais dramático. Isto porque é o país mais endividado do mundo em termos de percentagem do PIB (237,97%) e ao mesmo tempo enfrenta uma redução acentuada da população ativa.
A população em idade de trabalhar (15 a 64 anos) começou a diminuir quando atingiu o pico de 87 milhões de habitantes em 1994, e em janeiro de 2017 a população ativa era de 60 milhões. E a esperança média de vida no Japão é de 85 anos – a mais longa do mundo – e a taxa de natalidade é muito reduzida.
Diante desse quadro conclui-se que a dívida é incontrolável, pois para sua redução a economia deveria dobrar de tamanho!