D’Artagnan, o herói das obras de Alexandre Dumas, tornou-se um dos personagens mais famosos da literatura francesa. No entanto, poucas pessoas sabem que ele, como os outros personagens dos livros de Dumas, não era uma invenção da imaginação do escritor, mas uma pessoa histórica.
Charles Ogier de Batz de Castellmore, que era o nome do verdadeiro D’Artagnan, realmente viveu na França do século XVII. Embora ele não pudesse participar dos eventos descritos em Dumas (por exemplo, durante o cerco de La Rochelle, ele tinha apenas 15 anos de idade), no entanto, a verdadeira história de sua vida não era menos interessante. Dumas antecipou a história em 20 anos, para adequar a trama dos pingentes de diamante em torno dos quais a ação inteira do romance se desenrola.
Charles nasceu em 1613 na Gasconha, na propriedade de seus pais. Embora seu clã pertencesse a nobreza, quando Charles nasceu, ele estava significativamente empobrecido. Vários mosquetes, espadas e um cavalo – isso era tudo o que ele herdou. O primeiro documento em que Charles é mencionado é datado de 1633. Foi provavelmente o ano da sua chegada a Paris. Como o sobrenome de Batz era praticamente desconhecido para qualquer pessoa na capital francesa, Charles acrescenta também o sobrenome de sua mãe – d’Artagnan. Sob este nome, ele entrou para a história.
Tendo se tornado um mosqueteiro em 1644, ele pôde receber o patrocínio do próprio cardeal Mazarini (Richelieu já havia morrido naquela época). Foi graças ao apoio de Mazarini que a carreira de Charles teve ascensão, e depois de uma década e meia ele já era um confidente do próprio rei.