China, um mundo ainda desconhecido! – parte I

Hoje começo uma nova série – “China, um mundo ainda desconhecido!” (país desconhecido para muitas pessoas, inclusive turistas ocidentais), viagem que realizei no mês de maio de 2017 (01~06).

Em primeiro lugar, para fazer o turismo na China, o brasileiro precisava tirar o visto que tinha validade de 90 dias, mas se caso precisa-se fazer uma viagem curta ou em transito não era preciso tirar visto, desde que não ultrapassasse 72 horas.

“Isto é, quando viajei no ano passado, agora a vida do turista ficou mais fácil, turistas de 52 países não precisará tirar visto cuja permanência seja inferior a seis dias (144 horas), esta isenção vale para Beijing e Tianjin e a província de Heibei no norte da China. Outra boa notícia para os brasileiros foi o acordo firmado entre os governos do Brasil e da China em setembro 2017. Agora a validade do visto passou de três meses para cinco anos tanto para quem viaja para turismo ou visitar familiares.”

Então a primeira medida que fiz foi comprar as passagens até Beijing e fazer as reservas do hotel tudo, pela internet.

Em seguida depois de todos os tramites anteriores, eu baixei pela internet o documento para solicitação do Visa pela internet (há opção em Inglês). Depois de preencher o documento meu e de minha esposa fui ao Chinese Visa Application Center (para quem reside em Osaka e região) munido com os passaportes e as cópias dos comprovantes de reservas (passagem aérea, reservas de hotel e seguro de viagem). Como atualmente moro no Japão foi necessário levar um documento chamado de “Juminhyo completo” (atestado de residência  onde constam todos os residentes – no caso eu de minha esposa). Feito isto era só esperar quatro dias e ir ao Visa Center para pagar as taxas e retirar os passaportes com os vistos (existe um número do protocolo que é possível verificar o andamento da documentação pela internet).

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Visto Chinês

O Embarque

Embarcamos pela China Eastern as 9:40 no aeroporto de Kansai (Osaka) até Shanghai (Pudong), o voo durou apenas uma hora e quarenta minutos ou seja as já estávamos na China às 11:20.

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Aeroporto de Shanghai

Ótimo, tínhamos uma janela de 3 horas e cinco minutos de espera, pois o voo doméstico até Beijing estava programado para partir as 14:25 minutos.  Porém, ainda faltava passar pela imigração. A primeira etapa foi serviço completo, eles revistaram as malas de mão e também todas as pessoas com sensores manuais, a revistas são bastante rigorosas, mas diferentes das revistas que passei nos EUA onde os funcionários são bastante estressados e grita com os visitantes o tempo todo, os chineses faziam os mesmos procedimentos só que de maneira silenciosa e com muito respeito.

Agora faltava a parte final, o “carimbo” no guichê da imigração para dizer que estávamos na China!

No guichê da Imigração

“Vou contar um pequeno probleminha que aconteceu na imigração em Shangai”, porém eu já havia prevenido que isto ia acontecer! Ocorre que a minha esposa quando tirou a foto para o passaporte estava com cabelo preso, e na imigração chinesa estava com cabelo solto. Eu como de costume passei primeiro pelo guichê, o agente de imigração conferiu o passaporte, e carimbou. Ótimo, passei pelo guichê e estava oficialmente na China. Na vez da minha esposa, ele olhou para foto do passaporte e depois para ela durante uns eternos segundos, porém não conseguiu identificar ela ali parada na sua frente com a foto. Ai ele a chamou para irem ao guichê ao lado que provavelmente era seu superior.

Não pensei duas vezes, fui atrás! O agente ao ver que eu estava acompanhando, ele pronunciou com surpresa uma palavra em chinês, o qual prontamente respondi em inglês que ela era minha esposa. “Primeiro ponto pra nós”, porque nos aeroportos, mulheres jovens desacompanhadas, bonita e loura são alvos preferenciais do tráfico internacional de mulheres.

Então, o outro agente começa compará-la com a foto, nesse instante eu tomei a iniciativa e com as mãos prendi os seus cabelos para trás, “os agentes olhando aquela cena começaram a dar risadas e nós também.” O clima ficou menos tenso, porque todos nós compreendíamos o que estava acontecendo e eles notaram nossa vontade em colaborar! “Segundo ponto pra nós.”

Para encerrar o agente de imigração “o chefe”, pediu um documento com foto recente, ai rapidamente minha esposa tirou de sua carteira um documento de residência japonesa,  o qual ela estava com os cabelos soltos. Eles pegaram o documento olharam satisfeitos e o “chefe” carimbou o passaporte. “Vitória pra nós!”

Então vale a dica, como o passaporte brasileiro tem duração de 10 anos, não custa nada ter em mãos um documento com foto recente, principalmente para mulheres que gostam de mudar o penteado.

E também se houver qualquer outro problema, mantenha sempre a calma, trate os agentes com respeito e mantenha a boa vontade em colaborar. Afinal são eles que têm a “chave do portão de entrada do país!”

Shanghai

Já era quase meio dia quando conseguimos se livrar da imigração, “ufa, foi apenas um susto!” Mas o tempo corria e dentro da minha programação eu tinha que ir a Shangai e não ia perder por nada desse mundo! Nós iríamos do aeroporto até Shanghai de trem Maglev! Como eu sou engenheiro eletricista, queria fazer uma comparação entre o trem rápido japonês (Shinkansen) e este trem.

O trem Maglev é um trem de levitação magnética, isto é, ele move flutuando sobre um campo magnético, a operação comercial foi iniciada em 2003, é o único desse gênero em operação no mundo. A viagem de 30 km tem a duração de 7 minutos e 21 segundos e atinge uma velocidade máxima de 431 km/h. A velocidade normal é de 431 km/h, dependendo do horário, mas durante um teste, o Maglev alcançou uma velocidade máxima de 501 km/h.

O trem parte do Aeroporto de Pudong até a estação de metrô de Shangai Longyang Road em Pudong. O preço ida e volta custa 80 yuans, e os atendentes entendem em inglês.

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Trem Maglev

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A viagem foi rápida, o trem na partida funciona como os convencionais, e só após atingir certa velocidade é que os imãs atuam criando um campo magnético, então faz com que o trem levite. No horário que estávamos viajando o trem atingiu a velocidade máxima de 301 km/h.

Ainda deu tempo para sair da estação e dar uma olhada rápida no exterior da estação. Nesse dia, feriado de primeiro de maio (dia do trabalhador), havia um evento de animê. Não resistimos e pedimos para essa linda chinesinha tirar uma foto.

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Linda chinesinha Cosplay
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Shanghai- rodoviária próxima a estação de metrô de Shangai Longyang Road

Depois desse pequeno passeio, era hora de voltar ao aeroporto, pois não queríamos chegar em cima da hora.

Chegamos ao aeroporto faltando quase 1:30 minutos para o embarque, ainda deu tempo de tomarmos café expresso com croissant o preço foi de 95 yuans. E as 14:25 minutos partimos para Beijing, o voo foi rápido chegamos as 16:50 minutos.

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Aeroporto de Beijing

Agora era hora de pegarmos as malas e rumar para o hotel.

O metrô

Munido do inseparável mapa do metrô Beijing,  fomos até o balcão para compra da passagem do trem Airport Line (25 yuans). Esse trem conecta o terminal 3 ao terminal 2 (onde estávamos) e segue até a estação de metrô Dongzhimen (Linha 2, 43 minutos/2 paradas).

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Mapa do metrô de Beijing

O preço das passagens de metrô varia de acordo com a distância. Começa em 3 yuans o trajeto e pode chega até 10 yuans dependendo da distância (valores de 2018). Para comprar as passagens existem máquinas automáticas bilíngues (chinês/Inglês) e é muito fácil de operar, tudo através do toque na tela, após a selecionar o idioma (botão na cor laranja – em baixo à esquerda) deve-se escolher a linha do metrô e depois a estação de destino, na tela aparecerá a seleção da quantidade de passagens desejada. Após esta última etapa será mostrada o preço, e em seguida é só inserir o dinheiro no local indicado na máquina.

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Seleção da Linha do metrô
 Escolha da Estação
Escolha da estação
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Pagamento

“Uma dica é manter sempre dinheiro com valor baixo, pois as máquinas tem limitação nos valores e só aceita moedas de 1 yuans ou notas de 5 e 10 yuans, também á opção de comprar cartões recarregáveis ou comprar bilhete individuais no guichê.”

De Dongzhimen fomos até Xizhimen (15 minutos/5 paradas). Em Xizhimen mudamos para linha 4 e seguimos até estação Ping’anli (4 minutos/2 paradas). Da estação de Ping’anli caminhamos até o Beijing 161 Beihai Courthyard  hotel, nosso destino final.

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Mapa da estação do metrô até o hotel

O restante do primeiro dia de jornada eu contarei na próxima postagem. Até breve!

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