Marcos de Oliveira, Diretor de Redação do Monitor Mercantil, escreveu em sua coluna Fatos e Comentários, no dia 16 de julho de 2019:
“Muitas vezes, os atos de desconstrução do Brasil que vêm sendo praticados nos últimos anos são criticados de forma isolada. Perde-se o “grande quadro”, tão valorizado pelos norte-americanos. Estes atentados recentes ao país não vêm só do Governo Bolsonaro; eles marcaram o Governo Temer e começaram antes dele, no autogolpe de Dilma Rousseff, ao terceirizar a condução da política econômica. Vamos a alguns deles:
– Redução de verbas para universidades
– Cortes na pesquisa
– Mutilação do Mais Médicos
– Fim da produção, por laboratórios nacionais, de medicamentos de uso contínuo
– Acordo com a União Europeia
– Desmonte das empresas nacionais capazes de competir no exterior
– Redução da importância da Petrobras
– Entrega do pré-sal
– Fim do Fundo Soberano (o da Noruega, grande produtor de petróleo, como o Brasil, tem mais de US$ 1 trilhão)
– Ataques aos direitos trabalhistas
– Cortes nas verbas dos sindicatos (inclusive patronais, mantendo fortes apenas as federações que recebem recursos compulsórios via Sistema S)
– Independência do Banco Central
– Demolição do BNDES e demais bancos públicos
– E os mais óbvios: reformas da Previdência e Tributária, ampliando a desigualdade social
Vistos em conjunto, tem-se o quadro de um projeto destinado a tirar do Brasil qualquer capacidade de se desenvolver e exercer uma posição soberana no mundo”.
Só faltou dizer que por trás de tudo isso estão também a banca, o capital financeiro internacional, em sua trajetória para a dominação da aldeia global, e os agentes estrangeiros no judiciário e no legislativo que propõe a entrega das receitas tributárias, sob o manto do sistema de securitização da dívida pública, projeto de lei complementar 459/17, de autoria do senador José Serra, várias vezes denunciado e detalhadamente explicado pela Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã, auditora fiscal Maria Lucia Fattorelli.
Fonte: Dinâmica Global