A eventual saída, sem acordo, do Reino Unido da União Europeia, no dia 29 de março, está a preocupar as empresas britânicas da área da saúde.
Os principais receios prendem-se com eventuais problemas nas redes que fornecimento que poderiam resultar num cenário de escassez de medicamentos e de material médico.
Para o farmacêutico Graham Phillips, “existem 84 produtos genéricos realmente importantes que não podemos obter hoje. Posso ver esse número a chegar aos 200. Prevejo que existam classes de medicamentos com as quais vamos realmente ter problemas e em alguns casos, vamos ter de trocar a medicação de alguns pacientes de um produto genérico para um produto de marca alternativo – e esperemos que o fabricante aumente a produção – que pode ser dez vezes mais caro”.
O ministro britânico para o Brexit defendeu que os empresários deveriam apoiar o acordo alcançado por Theresa May e que a questão da saúde pública é uma prioridade:
“Em termos de medicamentos, o meu honrado amigo, o Secretário de Estado da Saúde e Assistência Social, tem deixado claro que os medicamentos, e também os produtos médicos, são a nossa prioridade número um, em termos do fornecimento de bens”, assegurou Stephen Barclay.
O Governo elaborou planos de contingência, em colaboração com empresas farmacêuticas e associações comerciais. Estão a ser armazenados medicamentos para garantir o acesso a fármacos vitais caso as cadeias de abastecimento sejam interrompidas devido a atrasos na fronteira.