Bolsonaro acusou ainda, sem apresentar provas, organizações não-governamentais (ONGs) de se aliarem para “comandar crimes ambientais no Brasil e no exterior”. Afirmou também o país combate “sabotagem externa” dentro de seus biomas
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez de conta que não entendeu o recado do candidato à Presidência da República dos EUA e tangenciou as ações que resultaram no maior número de incêndios devastadores na Amazônia e no Pantanal brasileiro. Em lugar de responder de forma positiva contra as queimadas criminosas de biomas inteiros, o mandatário neofascista e aliado do republicano Donald Trump — adversário de Biden — disse que defende apenas a exploração da biodiversidade.
Em uma gravação para a Organização das Nações Unidas (ONU), Bolsonaro falou sobre o “direito soberano” dos países e criticou o que chama de “cobiça internacional” sobre a Amazônia.
Rechaço, de forma veemente, a cobiça internacional sobre a nossa Amazônia. E vamos defendê-la de ações e narrativas que agridam os interesses nacionais. Não podemos aceitar, portanto, que informações falsas e irresponsáveis sirvam de pretexto para a imposição de regras internacionais injustas, que desconsiderem as importantes conquistas ambientais que alcançamos em benefício do Brasil e do mundo — disse, no discurso gravado.
Desmatamento
Bolsonaro acusou ainda, sem apresentar provas, organizações não-governamentais (ONGs) de se aliarem a organizações criminosas para “comandar crimes ambientais no Brasil e no exterior”. Afirmou também o país combate a biopirataria e a “sabotagem externa” dentro de seus biomas.
Mais cedo, e após ter gravado o vídeo para o evento da ONU, em resposta à fala do candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, que ameaçou sanções contra o Brasil se o desmatamento na Amazônia não diminuísse, Bolsonaro ressaltou novamente que a soberania do Brasil na região é “inegociável”.
O presidente acusou o candidato norte-americano de, com suas declarações, abrir mão de uma “convivência cordial e profícua”, caso vença as eleições; fato provável, de acordo com a média das pesquisas de opinião, que colocam Biden com mais de 10 pontos percentuais de vantagem para Trump.
Fonte: CdB