Bolsonaro indica filho para embaixador do Brasil nos EUA

Presidente Jair Bolsonaro indica filho Eduardo para ser o embaixador do Brasil nos EUA. Decisão ainda não está confirmada, mas já virou motivo de polêmicas e até de chacota

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Eduardo e Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (11) que decidiu indicar seu filho Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos Estados Unidos, mas que cabe ao atual deputado federal aceitar ou não o cargo.

“Da minha parte, eu me decidi agora, mas não é fácil uma decisão como esta estando no lugar dele e renunciando ao mandato”, disse ele em entrevista a jornalistas. “Apesar de ser meu filho, ele tem de decidir”, acrescentou.

Evidentemente, a “dúvida” deixada no ar pelo presidente tratava-se apenas de um jogo de cena. O assunto já havia sido decidido dentro de casa.

Minutos depois da declaração de Jair Bolsonaro, o filho Eduardo se manifestou. Em entrevista à GloboNews, o deputado disse que cumprirá “da melhor maneira” qualquer missão dada a ele pelo presidente.

Eduardo disse que está disposto a renunciar ao mandato de deputado para assumir o cargo de embaixador. “Se o presidente Jair Bolsonaro me confiar essa missão, eu estaria disposto a renunciar ao mandato”, afirmou.

O deputado disse que se sente credenciado para exercer o cargo de embaixador. “Falo inglês, falo espanhol, sou o deputado mais votado da história do Brasil, sou presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Eu acredito que as credenciais me dão uma certa uma qualificação.”

Repercussão

Nas redes sociais, a notícia não foi bem recebida. “Acho que esse é um cargo que deveria ser ocupado por um diplomata de carreira. Pede ele pra fazer uma prova de diplomata para mostrar que tem conhecimento”, sugeriu um internauta.

“Tanta gente com competência, mas o nepotismo e o coronelismo imperam no Brasil. O presidente deveria colocar o Eduardo na embaixada Big One, da falha de San Andreas”, escreveu outro.

“Tá explicado porque a família Bolsonaro nunca quis trabalhar de carteira assinada. Na política as tetas são fartas; vale até praticar o nepotismo. Vê se algum deles quer um emprego de carteira assinada? Eles querem ir para onde há dinheiro em abundância — sobretudo dinheiro público”, polemizou mais um.

O posto de embaixador brasileiro em Washington está vago desde abril, quando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, decidiu transferir o então embaixador Sergio Amaral para o escritório de representação do Itamaraty em São Paulo.

No Itamaraty, as reações à indicação de Eduardo variaram da incredulidade à chacota. Um embaixador experiente afirmou que a imagem externa de um Brasil submisso às vontades dos EUA de Donald Trump será intensificada, embora isso não pareça incomodar os bolsonaristas.

Fonte: Pragmatismo Político

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