Bolsonaro afirmou que dados eram ‘fictícios’ e ironizou frases do ex-ministro durante transmissão
Bolsonaro na noite de quinta-feira (11/06), em live, afirmou que os números passados por Mandetta eram ‘fictícios’ e que ele deu uma ‘inflada’ dos dados. Bolsonaro ainda ironizou os conselhos dados pelo ex-ministro na época para que a população ficasse em casa e o fato de Mandetta levar a ciência como base para tomada de decisões.
“Levando-se em conta o ministro anterior, esses números eram fictícios. E ele todo dia estava vendendo o peixe de ‘fique em casa’, ‘não saia, a curva tem que amansar’, ‘ciência, foco, foco na OMS (Organização Mundial da Saúde)’. Olha o vexame da OMS aí. Gosto do Mandetta como pessoa, mas ali ele deu uma escorregadinha na questão da pandemia. Deu uma inflada”, acusou Bolsonaro.
Não estou aqui para defender ninguém, muito menos um privatista da Saúde, que foi demitido por cometer o “pecado” de seguir as orientações da OMS e ser contra o uso generalizado da Cloroquina como queria Bolsonaro. Mas, vamos aos fatos, no dia 16/04, dia da demissão de Mandetta, o Brasil contabilizava 2.073 novos casos diário e 190 mortes por Covid-19, de um total de 30.683 casos e 1947 óbitos.
Comparando com dia de hoje (12/06), o Brasil chegou a marca de 41.058 mil óbitos e 805.649 mil casos confirmados de coronavírus, sob a administração do ministro da Saúde, general Pazuello.
Os números não mentem, qualquer dúvida é só somar os dados diários emitidos pelas secretaria estaduais de saúde, desde que queira é claro, ser honesto com a verdade e não tentar esconder o desastre que o país está passando.
É ridículo utilizar a rede social ao vivo para atacar e mentir para defender o indefensável: Que seu governo é um fragoroso fracasso!
A grave acusação de Jair Bolsonaro fez, merece uma dura resposta da sociedade, mais uma vez ele divulga fake news para atacar adversários.
Em breve, com ataques ao isolamento social, e a flexibilização sem critérios científicos, que visa somente atender a interesses do mercado, o país em poucas semanas irá ultrapassar os EUA em números de casos e óbitos.
E com resultado dessa política genocida, o Brasil, verá erguer à sua frente uma enorme barreira sanitária, em que brasileiros serão impedidos de entrar em vários países, como já vem ocorrendo. E por tabela, os negócios também sofrerão as suas consequências.