Um almoço em Brasília, no restaurante Norton, reuniu o presidente do PSL, Luciano Bivar e o ex-deputado federal do PL, Valdemar Costa Neto, para discutir uma possível fusão entre as duas legendas.
Em meio à crise que levou o presidente Jair Bolsonaro a anunciar sua saída do PSL e a intenção de fundar uma nova legenda, Luciano Bivar está em busca de evitar uma possível debandada do partido que ajudou a eleger o atual ocupante do Palácio do Planalto. Embora o encontro entre os “donos” das duas legendas foi fácil de acontecer, a fusão certamente será um tanto mais complicado.
Apesar de não se saber em que “bases” envolve o início das negociações, é possível afirmar que não será nada fácil para Costa Neto aceitar a união entre os dois partidos. Primeiro porque, fala e negocia em nome do PL, manda e desmanda no partido. Será que ele aceitaria dividir tudo isso com um advogado que já se mostrou bom de articulação, no caso, Luciano Bivar? É quase certo que não. Porém há um fator que pode ser “uma carta na manga de Bivar”, que é o fundo partidário que garante ao PSL uma respeitável quantia em dinheiro. E que corre o risco de ser perdida para Bolsonaro, que pretende levar consigo a maior parcela da representatividade política da agremiação na Câmara e no Senado. E já estaria movimentando seus advogados no sentido de transferir os dividendos financeiros relativos a tal representação dos que acompanharão o presidente na mudança.
Caso concretize essa “engenharia” de fusão partidária, quem irá comandar esse novo partido? É um acordo difícil de vingar mas em todo caso, como envolve somas milionárias, nunca se sabe o que pode acontecer!