Agora, depois da divulgação de seu histórico escolar, ficou esclarecido porque o atual ministro da Educação, Abraham Weintraub, tanto odeia as Universidades.
Veja o leitor o boletim abaixo, do aluno do curso de economia da USP Abraham Weintraub:
Nos seus primeiros três semestres no curso de economia da USP, Abraham Weintraub se matriculou em treze matérias – e foi reprovado em nove.
No primeiro semestre, em 1989, Weintraub teve média 2,1 – e foi reprovado em quatro matérias, mesmo tendo comparecido à maioria das aulas.
Na matéria “Contabilidade e Análise de Balanço”, Weintraub, apesar de não ter falta alguma, teve nota 2 nas provas.
Em “Introdução à Economia”, o atual ministro teve nota 0,5 – apesar de ter comparecido a 90% das aulas.
Já em “Introdução às Ciências Sociais”, Weintraub avançou: sua nota foi 0,7, apesar de ter comparecido a 50% das aulas.
Mas a nota mais espetacular foi em “Complementos de Matemática I”, onde conseguiu nota zero – com 66% de comparecimento às aulas.
No segundo semestre de 1989, Weintraub teve frequência zero e nota zero em quatro disciplinas.
Entretanto, no primeiro semestre de 1990, o ministro de Bolsonaro, apesar de ir a todas as aulas, foi reprovado pela segunda vez, com nota 1,4, em “Complementos de Matemática I”.
Mas a culpa de tudo isso foi do Plano Collor.
Como? Do Plano Collor?
Não somente. Também dos pais de Weintraub.
Segundo disse Weintraub, suas notas foram baixas porque “meus pais se separaram, teve o Plano Collor, minha família desmanchou, eu tive depressão, e eu sofri um acidente horroroso que eu tive que colocar parafuso no braço. Eu fiquei seis meses sem poder escrever e só teve um professor que me deixou fazer prova oral. Tá aqui a cicatriz, 15 centímetros” – e tirou a camisa, para mostrar.
Sobre essa última parte, por que Weintraub não trancou matrícula, como todos fazem, nessa situação?
Quanto ao Plano Collor, ele existiu para todo mundo – e, aliás, Weintraub está, hoje, apoiando coisa muito pior que o famigerado Plano Collor.
Não vamos dar palpite sobre os efeitos da separação dos pais de Weintraub – mas ele não foi o primeiro estudante cujos pais se separaram.
Para o ministro não dizer que fomos injustos, reproduzimos, abaixo, também o seu boletim desde o 1º semestre de 1991 até o 1º semestre de 1993:
O boletim de Weintraub, gazeteiro contumaz e aluno medíocre, foi revelado pelo cientista político Alberto Carlos Almeida, que o publicou no Twitter, com um comentário: “Ele era bom de balbúrdia”.
Pouco antes, ao cortar as verbas de três das nossas melhores universidades, Weintraub dissera que “universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas. A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking”.
A produção e desempenho acadêmico do ministro está à altura (ou à baixura) de seu desempenho como aluno:
“Em cinco anos de atividades acadêmicas na UNIFESP, o professor [Weintraub] escreveu três artigos e orientou um TCC! Isso mesmo, leitor, um único e raro TCC de graduação em nove semestres letivos! E não participou de nenhuma banca, de graduação, mestrado ou doutorado… Além disto, dos três artigos que ele redigiu neste interregno (dois em coautoria com a esposa e um em coautoria com o irmão), um deles é a versão em inglês de outro publicado em português. Ou seja, na verdade, o professor que se transmutou em ministro publicou apenas dois trabalhos (um de oito páginas e outro de onze), nenhum de autoria exclusiva, e ainda os contou como se fossem três, em conduta ética bastante questionável academicamente, pois a prática é rejeitada por ser conhecida como ‘autoplágio’” (v. Cássio Casagrande, A improbidade do ministro Weintraub e a improdutividade do professor Weintraub).
Não é à toa que Weintraub, portanto, odeia as universidades – dizem, aliás, que a burrice não pode reconhecer a inteligência, porque o burro é inconsciente da própria burrice.
Por quê?
Porque é burro, ora essa.
Do HP