Perguntados se aprovam ou desaprovam o desempenho de Jair Bolsonaro, 65% dos entrevistados afirmaram desaprovar. Já na avaliação, 60% disseram que a atual gestão é “ruim ou péssima”. Além disso, outros 65% também afirmam que possuem uma imagem negativa do presidente.
A aprovação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), atingiu o nível mais baixo desde que assumiu o cargo, em 2019. Apenas 19% avaliam o atual governo de maneira positiva. A rejeição a Bolsonaro chega a 65%. Os dados são da pesquisa Atlas, realizada pelo AtlasIntel e divulgada nesta segunda-feira.
Perguntados se aprovam ou desaprovam o desempenho de Jair Bolsonaro, 65% dos entrevistados afirmaram desaprovar. Já na avaliação, 60% disseram que a atual gestão é “ruim ou péssima”. Além disso, outros 65% também afirmam que possuem uma imagem negativa do presidente.
Apenas 19% consideram o governo “ótimo ou bom” e outros 19%, classificam como “regular”. No quesito aprovação, outros 29% dizem aprovar o trabalho de Bolsonaro. A queda na avaliação do governo é alta, pois, em janeiro de 2019, 39% diziam aprovar a gestão federal.
Gestão
A desidratação da popularidade já aparecia nas pesquisas anteriores, com queda na avaliação positiva do governo de 36%, em agosto de 2021, para 32%, no último mês de setembro. Já a alta da rejeição evolui de forma menos intensa, passando de 62%, em agosto, para 64% na consulta de setembro – e agora 65%.
A queda ocorre em meio à crise econômica que atinge o país: 59% dos entrevistados apontaram questões como desemprego, inflação, desigualdade social e pobreza como alguns dos principais problemas do Brasil de Bolsonaro.
Além disso, outros 21% classificam a corrupção como o maior dano ao país. Para 59% dos entrevistados, ela aumentou nos últimos anos. Ao serem perguntados como se posicionam sobre o impeachment de Jair Bolsonaro, 55% se disseram favoráveis à saída do presidente, enquanto outros 39% são contrários.
Popularidade
Ao diário conservador espanhol El País, o cientista político Andrei Roman, CEO do AtlasIntel, afirmou que Bolsonaro enfrenta uma crise de popularidade que se dá diante da ausência de uma crise interna, o que demonstra que não é algo temporário.
— Esse recorde de impopularidade deveria preocupar o presidente, porque sua aprovação caiu abaixo do que, por muito tempo, considerávamos um piso (30%) — disse.
A pesquisa questionou, ainda, a imagem que os entrevistados fazem sobre cada líder política brasileiro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o que mais obteve avaliações positivas. Ao todo, 48% disseram que possuem uma imagem positiva, enquanto 49% afirmaram o contrário.
O ex-juiz federal Sergio Moro, por exemplo, tem uma imagem positiva para apenas 30% dos eleitores, enquanto 55% disseram não enxergar o ex-ministro com bons olhos. Depois de Bolsonaro, a segunda personalidade mais mal avaliada é o ministro da Economia, Paulo Guedes, que possui 61% de desaprovação.
Ao contrário de Bolsonaro, que vive um processo de desidratação, a avaliação sobre Lula tem melhorado ao longo dos últimos meses. O petista tinha sua imagem negativa para 62% da população em novembro de 2020. Desde daquele mês, quando deixou a prisão de Curitiba, o ex-presidente viu crescer sua imagem positiva diante da sociedade, de 31% para 48%, enquanto a negativa despencou de 62% para 49%.
Fonte: CdB