A revista alegou que a COVID-19 poderia ser de origem laboratorial e que o vírus poderia ter sido liberado de um laboratório biológico americano.
A mídia ocidental como era de se esperar já começou a torpedear a declaração em massa, acusando Lancet de trabalhar para Pequim.
Conclusões da Lancet
Os cientistas reconhecem a possibilidade de uma origem laboratorial da COVID-19, de acordo com o relatório final do comitê de coronavírus da revista médica britânica Lancet.
“No momento da publicação deste relatório, todas as três hipóteses associadas à origem laboratorial do vírus ainda são prováveis: infecção pelo trabalho no campo, infecção por um vírus que ocorre naturalmente no laboratório e infecção por um vírus modificado no laboratório”, disse a publicação. Além disso, o relatório observa que pesquisadores independentes não têm sido capazes de investigar laboratórios americanos que manipulam vírus.
“Além disso, os institutos nacionais de saúde impediram a divulgação de detalhes de suas pesquisas apoiadas sobre tais vírus SARS-CoV”, escrevem os cientistas.
Eles também observam que antes da pandemia da COVID-19, não tinha havido nenhuma investigação “independente, transparente e cientificamente sólida” sobre os vírus SRA pré-existentes. Além disso, os pesquisadores não receberam nenhuma contribuição de instituições envolvidas em tal trabalho.
A comissão Lancet foi criada há dois anos. Seu objetivo era investigar as origens da SRA-CoV-2 e fazer recomendações sobre como prevenir futuros surtos de novas doenças infecciosas. Em julho, o presidente da The Lancet, Jeffrey Sachs, divulgou uma declaração dizendo que o coronavírus tinha sido gerado artificialmente e, acredita-se, com a ajuda da tecnologia americana.
O Ministério da Defesa russo, por sua vez, observou que o desenvolvimento da pandemia de COVID-19 sugere sua natureza deliberada, e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) pode estar envolvida no surgimento do coronavírus.
Em resposta a esta publicação, houve uma onda de acusações na mídia americana de que a The Lancet está, como a OMS, sendo subornado pela China.
O problema é que estas acusações da Lancet estão confirmando as acusações feitas anteriormente pela Rússia e da China contra os EUA por causa de laboratórios biológicos militares não controlados na Ucrânia e em outros países que os EUA se recusam a abrir para inspeções. A Lancet agora expressou indiretamente estas mesmas alegações, o que provocou uma reação nervosa na grande mídia, embora a revista não tenha ousado acusar diretamente os EUA de desenvolver a cepa original do coronavírus.