Segundo o especialista, a cúpula correu sem avanços como o esperado, os dois presidentes focaram mais no positivo do que no negativo
A cúpula de Genebra pode ser um ponto de inflexão nas relações Rússia-EUA, disse o diretor sênior para assuntos europeus da equipe do Conselho de Segurança Nacional (NSC) no governo Barack Obama, Charles Kupchan, comentando na reunião de quarta-feira entre os presidentes Vladimir Putin da Rússia e Joe Biden dos Estados Unidos.
“A reunião parece ter ocorrido conforme o esperado. Sem avanços. Mas tanto Putin quanto Biden se concentraram mais no positivo do que no negativo. A conversa deles parece ter sido construtiva e voltada para o futuro”, ressaltou. “A reunião pode ser um ponto de inflexão nas relações EUA-Rússia, interrompendo a queda e possivelmente servindo como ponto de partida para melhorar os laços”, acrescentou o especialista.
Kupchan é membro sênior do Conselho de Relações Exteriores e professor de relações internacionais na Universidade de Georgetown na Escola Walsh de Serviço Exterior e Departamento de Governo. Em 2014-2017, ele atuou como assistente especial do presidente dos EUA e diretor sênior para assuntos europeus na equipe do Conselho de Segurança Nacional no governo Barack Obama.
Segundo o analista, “agora começa o trabalho árduo”. “Diplomatas e especialistas americanos e russos agora precisam arregaçar as mangas e tentar encontrar um terreno comum sobre estabilidade cibernética, estratégica, Síria, Ucrânia e outras questões de interesse mútuo”, observou ele. “Como o próprio Biden admitiu, somente após os próximos meses de diálogo seremos capazes de julgar se a reunião de hoje foi apenas um falso começo ou algo que constrói um terreno comum e cooperação concreta e uma melhoria duradoura e cooperação concreta na agenda assustadora que os líderes tem identificado”, enfatizou Kupchan.
Fonte: TASS