A caótica saída do “senhor da Guerra” da Casa Branca

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Donald Trump e John Bolton. Reprodução

A última vez que o conselheiro de Segurança Nacional John Bolton conversou com o presidente Donald Trump foi na segunda-feira à tarde, por volta das 14 horas, no Salão Oval – oferecendo-se para renunciar – cerca de 22 horas antes do tuíte de terça-feira do presidente sugerir que ele havia demitido Bolton, segundo fonte interna da Casa Branca.

Essa informação importante porque a linha do tempo contradiz com a postagem do presidente e fala muito sobre como Trump administra seu governo. Isso ressalta o padrão de ajuste de fatos de Trump para se adequar à sua narrativa. Também serve para alertar o sucessor de Bolton – a quem Trump diz que nomeará na próxima semana – em que “roubada” que estará entrando.

Como foram os eventos que aconteceram na terça-feira:

  • Por volta das 11h30, Bolton enviou uma carta de demissão ao presidente em 10 de setembro e entregou cópias entregues em mão a outras pessoas, incluindo os escritórios do vice-presidente Mike Pence e do chefe de gabinete Mick Mulvaney, disse a pessoa
  • Às 11h58, Trump twittou que havia informado Bolton na noite anterior que “seus serviços não são mais necessários na Casa Branca”.
  • Um tweet de Bolton rebateu isso, dizendo que ele se ofereceu para renunciar na segunda-feira à noite e Trump disse: “Vamos conversar sobre isso amanhã”.

O fim de Bolton na Casa Branca foi devido a sua resistência às negociações de paz com o Afeganistão, que incluíam o desejo de Trump de hospedar representantes do Taliban em Camp David. Embora Trump tenha descartado o plano secreto após um atentado suicida no Afeganistão, ele ficou furioso com os relatos sobre a resistência interna à sua ideia.

Bolton é “o cachorro que pegou o carro”, disse uma pessoa próxima à administração. Ele sempre quis o emprego, mas seus pontos de vista diferentes sobre a Coréia do Norte, o envolvimento militar da Síria e sua agressividade cada vez mais irritaram Trump.

“O senhor da Guerra” chegou a se declarar favorável a bombardear a Coreia do Norte, e com relação à América Latina, era um entusiasta da doutrina do nosso “pátio traseiro”, estando em cruzada explícita contra a Venezuela, Cuba, Nicarágua e Bolívia.

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