Em continuidade ao post anterior…Izmailovo
Acordamos bem cedinho as 04:00 de um domingo frio e com uma chuvinha (05/10). Na noite anterior solicitei ao atendente do hotel para providenciar um táxi, pois nós tínhamos que pegar o trem as 05:40 e o metro só abre as 06:00.
O preço do táxi pelo Uber foi de 1000 rublos, e assim aproveitamos a oportunidade de passear de madrugada pelas belas e largas avenidas (praspiekt- conforme pronúncia) de Moscou. A estação para o embarque se chama Leningradskyi Vokzal (Estação Leningrado).
Para ir a Leningrado de bate e volta, havíamos previamente comprado às passagens de ida e volta pelo trem Sapsan (o trem bala russo) pelo site da “Российские железные дороги” (Ferrovias Russas). As passagens são liberadas para venda com 45 dias de antecedência, então é preciso ficar atento, pois as passagens se esgotam rapidamente!
O site é bilíngue é muito fácil de comprar – https://pass.rzd.ru/main-pass/public/en.
Com o ticket impresso e passaporte em mãos é só dirigir ao trem entregar a “provoditsa” (comissária de bordo) para conferência e embarcar.
O trem partiu pontualmente às 05:40 e a previsão de chegada às 09:15, e o retorno estava previsto para 19:00 com a chegada às 22:58.
O preço foi de 1894,10 rublos para ida e 3006,70 rublos para o retorno cada.
O trem Sapsan é moderno e superconfortável e faz a viagem em menos de 4 horas a uma velocidade média de 250 km/h, um pouco menos do que o Shinkansen (o trem rápido japonês) que viaja em torno de 300 km/h.
Como ainda era cedo, após servirem o café da manhã (incluído na passagem), resolvi tirar um cochilo, bem… acho que dormi, porque aconteceu algo cômico em que “participei sem saber”. Não sei ao certo, mas segundo contou-me entre risos a minha esposa após eu acordar, uma garota que deveria ter uns 16 anos ao passar pelo corredor talvez para ir ao banheiro, se desequilibrou e caiu no meu colo. A garota ficou toda desconcertada e constrangida, tentou pedir desculpa e me acordar para ver se estava tudo bem, e eu continuava no sono mais profundo. Enquanto isso minha esposa caiu na gargalhada e fazendo sinal de positivo, que estava tudo bem, tentando tranquilizar a pobre da garota!
Tirando esse fato, a viagem foi super tranquila e logo que chegamos tratamos de ir logo ao nosso destino que era o museu do Hermitage.
Dentro da estação de Moscovskiy Vokzal há interligação (túnel) até a estação Ploschad Vosstaniya da linha 1 do metrô. Da estação Ploschad Vosstaniya fomos até a estação Pushkinskaya (2 estações), e descemos para fazer a transferência para linha 5, então a estação muda de nome de Pushinskaya para Zvenigorodskaya (fisicamente está no mesmo local, só muda o nome da estação devido a mudança da linha do metrô).
Da estação de Zvenigorodskaya descemos na estação Admiralteyskaya (2 estação) e caminhamos 800 metros (10 min.) até o museu do Hermitage (link do mapa do metrô – http://www.metro.spb.ru/en/map.html).
O preço da passagem simples é 45 rublos, porém, para não pegar fila no retorno preferi comprar um bilhete combinado para 10 viagens que serve para o metrô, troleibus e ônibus por apenas 310 rublos.
Leningrado – A Veneza Norte
Até 1991 (6 de setembro) a cidade chamava-se Leningrado, hoje seu nome atual é Sankt Petersburg. Contudo, a região manteve seu nome soviético – “Oblast de Leningrado”. Porém para muitos como eu a cidade sempre será Leningrado!
Museu do Hermitage
Compramos os bilhetes de entrada – existem máquinas automáticas no lado de fora do museu e só ficar na fila que por sinal estava um pouco longa, talvez por ser domingo.
Ao passar pela porta do museu logo direita, após descer alguns degraus da escada, há um enorme corredor onde há vários balcões onde as pessoas deixam as bolsas e casacos e recebem as fichas numeradas conforme a quantidade de objetos para serem guardados.
Neste dia havia logo na entrada uma exposição em homenagem aos 100 anos da revolução russa. O museu é um palácio enorme, quando digo enorme porque é enorme mesmo! Para quem gosta de museu, o Hermitage é um passeio na história, o acervo é fantástico e abrange vários períodos da história da humanidade. Existe um setor do antigo Egito, da Grécia Antiga, e de vários períodos da Rússia. Em suma, um dia é muito pouco para poder caminhar pelo vários andares e poder admirar todos os detalhes do museu!
Se sentir fome, no subsolo há lanchonetes e também há loja de souvenires, onde é possível comprar reproduções de quadros belíssimos feitos não em papel, mas em tela como no quadro original.
Também durante as longas caminhadas pelos corredores, se sentir cansado, existe cadeiras colocadas estrategicamente para descanso dos visitantes.
Após o longo passeio, já no hotel resolvi fazer o pedido do jantar por telefone, mas preferi fazer em inglês, pois ainda não estava seguro falar em russo por telefone, deixarei para uma próxima oportunidade.
Cerveja «Хамовники», estrogonofe, talharim à carbonara, salada com cogumelos selvagens e os famosos pão preto
Apesar de a publicação estar muito extensa, vou fazer um pequeno comentário sobre o verdadeiro Stroganoff.
O Stroganoff é feito com filé mignon cortado em tiras e “smetana”- creme de leite azedo além dos temperos e servido com purê de batata. Então o que é servido no Brasil com catchup, cogumelos tipo champignon e batata palha não tem nada do original é apenas uma adaptação.
Após o jantar, fomos dormir porque na madrugada de segunda estava programado um bate e volta para conhecermos as cidades históricas de Vladimir e Suzdal.
Então, até a próxima postagem. Da svidaniya!