Tumulto em palestra de Greenwaldd divulga ainda mais vazamentos contra Moro

A mídia mundial, que acompanha o enredo, repercutiu as agressões ao público da Flipei (Feira Literária Pirata das Editoras Independentes), que integra a Flip.

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Greenwald proferiu palestra, na noite passada, durante a Flip, sob protestos de integrantes da ultradireita

Os protestos contra a palestra do jornalista Glenn Greenwald durante uma programação no perímetro da Festa Literária de Parati (Flip), na noite passada, contribuíram para que o debate sobre a possível tentativa de conluio entre o ex-juiz Sério Moro, hoje ministro licenciado da Justiça e Segurança Pública, e os procuradores da Operação Lava Jato fosse motivo de debates em toda a cidade, na manhã deste sábado.

Não apenas a pequena Paraty tomou conhecimento que um pequeno grupo de radicais de ultradireita atirou fogos de artifício sobre a multidão que aguardava a palestre de Greenwald, editor da agência norte-americana de notícias Intercept Brasil. A mídia mundial, que acompanha o enredo, repercutiu as agressões ao público da Flipei (Feira Literária Pirata das Editoras Independentes), que integra a Flip.

— A máscara de Sérgio Moro caiu para sempre — afirmou o jornalista, em sua palestra, referindo-se à divulgação dos vazamentos da Lava Jato.

Palestra

Enquanto os seguidores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) gritavam e sibilavam partes do hino nacional, dizendo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso, Greenwald garantiu que não pretende sair do país, pelo qual se apaixonou há 15 anos; onde se casou com um brasileiro, o deputado federal David Miranda, e vive com sua família, seus filhos. Ameaças de morte e de violência contra eles têm se repetido, após o início das reportagens.

— Estamos muito mais perto do começo do que do final. Temos muito mais para revelar. Quando perceberam a importância do material, todos os jornalistas do Brasil nos procuraram querendo trabalhar com a gente como parceiros. Todos, menos um: a Globo. Para os jornalistas da Globo, é um crime fazer jornalismo — constata.

“A tentativa de parar o evento só o fortaleceu. Protestar é uma coisa, mas atirar fogos de uma multidão é baixo e primitivo. Mas todas essas táticas falharam. Não tenha medo das táticas primitivas de intimidação do movimento Bolsonaro. Enfrente e exija seus direitos políticos”, acrescentou, em mensagem deixada no Twitter.

Participaram da palestra professor da UFABC Sérgio Amadeu, a socióloga e youtuber Sabrina Fernandes, e o ator e roteirista Gregório Duvivier.

Do CdB

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