O oposicionista, chefe da Assembléia Nacional, Juan Guaydó, que se declarou o presidente interino da Venezuela em 23 de janeiro, disse que poderia aceitar a intervenção militar dos Estados Unidos.
“Se a intervenção resolver a crise, eu posso aceitá-la”, disse ele em entrevista ao jornal italiano La Stampa.
Além disso, Guaydó não exclui que a oposição venezuelana recorra à assistência militar externa para derrubar o atual governo socialista.
“Esta é uma das possibilidades, estamos falando sobre o caminho através das eleições, mas as pessoas estão sofrendo, e temos que considerar todas as opções”, disse o oposicionista.
Segundo ele, as unidades estrangeiras estão presentes na Venezuela no momento – e esses são os militares cubanos que apoiam o presidente Nicolás Maduro.
Falando da fracassada tentativa de golpe de 30 de abril, Guaidó disse que agora a oposição “terá mais oportunidades porque mais e mais pessoas estão se juntando à Operação Liberdade” para mudar o governo na Venezuela.
Em 30 de abril, a oposição venezuelana fez outra tentativa de golpe. Guaydó e seus partidários se encontraram em Caracas, em frente à base aérea de La Carlota, e conclamaram o exército e as pessoas a derrubarem o legítimo presidente Nicolás Maduro.
O empreendimento não foi coroado de sucesso, mas provocou motins na capital, como resultado do qual 5 pessoas morreram, centenas sofreram ferimentos. Quando a oposição tentou tomar a base aérea de La Carlota, oito policiais foram baleados e feridos. Durante os protestos de 30 de abril e 1 de maio, 233 pessoas foram presas. Além disso, 55 oficiais e soldados foram demitidos das forças armadas por participarem da insurgência. Entre eles está o chefe do destacamento da Guarda Nacional Bolivariana que vigia o Palácio do Parlamento Ilyich Sánchez Farias, que “enganou sua unidade” enviando soldados para ajudar Guaydó. Além disso, o chefe do serviço de inteligência SEBIN, general Manuel Christopher Figuera, que agora está foragido, foi acusado de traição. Os EUA retiraram sanções ao general após sua participação na rebelião.