As centrais sindicais brasileiras convocaram, de maneira unificada, uma Greve Geral para 14 de junho. A pauta central da Greve Geral será a defesa do direito de aposentadoria e o repúdio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19, da Reforma da Previdência. Antes, em 15 de maio, terá lugar a Greve Nacional da Educação.
A convocação da Greve Geral ocorreu durante o ato do Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores, em São Paulo (SP). Pela primeira vez, todas as centrais sindicais organizaram um ato unificado de 1º de maio na capital paulista. Mais de 200 mil pessoas foram à manifestação, no Vale do Anhangabaú.
Os trabalhadores presentes no ato fizeram uma votação simbólica de apoio à deflagração da Greve Geral contra a Reforma da Previdência. A orientação das centrais é que, a partir de agora, a mobilização comece a ser construída nas bases das mais diversas categorias. O objetivo é que, no dia 14 de junho, sejam paralisados todos os locais de trabalho, estudo, comércio, bancos e circulação de mercadorias.
“O governo Bolsonaro diz que o Brasil precisa da reforma da Previdência. Isso é a maior fake news. O país precisa que o governo cobre os devedores do INSS, pare de parar a Dívida Pública e entregar dinheiro para banqueiros. Eles querem acabar com a aposentadoria, com o futuro dos nossos filhos, para entregar dinheiro para os bancos. Por isso, afirmamos, não tem negociação com essa reforma. Precisamos ampliar nossa mobilização e derrotar essa reforma na íntegra”, disse Luiz Carlos Prates, o Mancha, que representou a CSP-Conlutas no ato.
As centrais sindicais reúnem-se no próximo dia 6 de maio. Elas irão discutir a organização do calendário de luta contra a Reforma da Previdência. Antes da Greve Geral, no calendário também está a Greve Nacional da Educação de 15 de maio.
Greve Nacional da Educação é o próximo passo prioritário da mobilização
Antonio Gonçalves, presidente do ANDES-SN, considera muito importante a decisão das centrais sindicais de convocar a Greve Geral para 14 de junho. O Sindicato Nacional, seguindo decisão congressual, vinha defendendo há meses a necessidade da Greve Geral para barrar os ataques de Bolsonaro aos direitos de aposentadoria.
O docente ressalta a importância da construção da Greve Nacional da Educação em 15 de maio para intensificar a mobilização rumo à Greve Geral em junho. “É fundamental aderir à Greve Geral. Mas temos uma tarefa anterior, que é a Greve Nacional da Educação em 15 de maio. Ela servirá para ganharmos força e fazermos uma grande Greve Geral”, afirma Antonio.
As seções sindicais, a partir desta quinta (2) e até o dia 13, devem realizar assembleias de base para aderir às mobilizações e paralisações do dia 15 de maio. Os docentes devem se atentar às organizações da educação básica em cada localidade, que podem organizar manifestações em data diferente.
“Vamos construir o 15 de maio em conjunto com a educação básica para ganhar força para a Greve Geral e derrotar a contrarreforma da Previdência”, completa o presidente do ANDES-SN.
ANDES – SINDICATO NACIONAL