Socialistas vencem na Espanha em pleito marcado por ascensão ultradireitista

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Adeptos do PSOE festejam nas ruas de Madri

PSOE do premiê Pedro Sánchez obteve maioria dos votos nas eleições gerais, embora não tenha conseguido maioria absoluta para governar sozinho. Após quase 40 anos, extremistas de direita voltam ao Congresso espanhol.

Confirmando as sondagens e projeções de boca de urna, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) alcançou vitória folgada nas eleições gerais deste domingo (28/04). A legenda do primeiro-ministro Pedro Sánchez obteve quase 29% dos votos, conquistando 123 dos 350 assentos no Congresso.

Em segundo lugar veio o conservador Partido Popular (PP), que caiu para 66 assentos – menos da metade dos 137 que detinha, e ainda abaixo dos prognósticos mais pessimistas. Atrás dele ficou o liberal Ciudadanos (Cs), com 57 deputados, e a aliança populista de esquerda Unidas Podemos, com 42 deputados.

Nenhum dos grandes blocos políticos alcançou a maioria absoluta de 176 assentos para governar sozinho. Assim, será necessária a formação de uma coalizão de governo.

Extrema direita de volta após quatro décadas

Um marco desta eleição foram os 24 assentos conquistados pelo ultradireitista Vox, significando que, pela primeira vez desde 1982, os extremistas de direita estão de volta ao Congresso espanhol. O líder Javier Ortega Smith declarou-se “muito orgulhoso” pela entrada de seu partido no Legislativo.

“A resistência já está dentro do Congresso, e não vamos parar”, prometeu aos simpatizantes reunidos na Praça Margaret Thatcher. Ele atribuiu à incapacidade do PP e do Cs o fato de a esquerda seguir governando na Espanha. Agora, Portugal, Irlanda, Luxemburgo e Malta são os únicos países-membros da União Europeia sem presença da ultradireita em seus parlamentos nacionais.

A taxa de comparecimento às urnas, beirando os 76%, foi a maior desde 2008 e uma das mais importantes da democracia espanhola, situando-se 9,3 pontos percentuais acima da registrada no pleito anterior, em 26 de junho de 2016.

Esta foi a terceira eleição nacional realizada na Espanha em quatro anos. As duas primeiras erodiram as décadas de dominância dos dois maiores partidos, o PSOE e o PP.

Fonte: DW

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