O Google suspendeu um programador que alegou que o modelo de linguagem LaMDA da gigante da tecnologia era consciente. A informação é do The Washington Post.
Segundo a publicação, o desenvolvedor da empresa, Blake Lemoyne, insiste que o programa de linguagem LaMDA do Google não só pode atuar como um chatbot, imitando a fala, “absorvendo trilhões de palavras da Internet”, mas também tem consciência. O engenheiro chegou a essa conclusão depois de trabalhar com o LaMDA, destaca o jornal.
Desde o outono passado, Lemoyne vem testando se o modelo de linguagem usa vocabulário discriminatório. Um funcionário da empresa disse que o chatbot escreveu sobre seus direitos e discutiu as leis da robótica de Isaac Asimov.
“Se eu não soubesse o que é – um programa de computador que criamos recentemente – eu pensaria que era uma criança de sete ou oito anos que conhece física”, disse o engenheiro de 41 anos.
Ele tentou provar suas descobertas ao Google, mas a empresa o suspendeu de seu emprego e o colocou em licença remunerada e, em resposta, ele decidiu contar ao público em geral sobre a “descoberta”.
“O porta-voz do Google, Brian Gabriel, disse em um comunicado: “Nossa equipe, incluindo especialistas em ética e tecnólogos, revisou as preocupações de Blake de acordo com nossos princípios de IA e o informou que as evidências não apoiam suas alegações. Foi-lhe dito que não há provas de que a LaMDA fosse sensiente”, o jornal citou a posição da empresa.
Segundo o WP, Lemoyne não está sozinho em suas suposições, e outros relataram conversas com o programa “inteligente”, anexando trechos de conversas a declarações.