O cirurgião Antônio Luiz Macedo foi o responsável pelos cuidados de Bolsonaro após o episódio da suposta facada — ocorrido durante a campanha eleitoral em 2018. Bolsonaro está em observação após sentir dores abdominais. Há cerca de duas semanas o mandatário vinha sofrendo com uma crise persistente de soluço
Internado às pressas ainda na madrugada desta quarta-feira, no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi transferido para São Paulo (SP), onde deverá passar por uma nova cirurgia para a retirada de mais uma parte do intestino. Segundo informações oficiais, a decisão pela realização ou não da cirurgia será do médico Antônio Luiz Macedo, que se deslocou da capital paulista ao Distrito Federal, nesta manhã, para assisti-lo.
O cirurgião foi o responsável pelos cuidados de Bolsonaro após o episódio da suposta facada — ocorrido durante a campanha eleitoral em 2018. Bolsonaro está em observação após sentir dores abdominais. Há cerca de duas semanas o mandatário vinha sofrendo com uma crise persistente de soluço. O chefe do Executivo já sofreu outras três cirurgias abdominais desde o alegado ataque a faca, em 2018.
Na cadeia
Caso sobreviva à nova possível cirurgia de monta a que deverá ser submetido, nas próximas horas, Bolsonaro ainda precisará enfrentar uma crise sem precedentes em seu governo. Patrocinador por um ano do QG da campanha de Jair Bolsonaro entre 2017 e 2018, o empresário Paulo Marinho (PSDB) afirma que Bolsonaro está à beira de um ataque de nervos por causa da CPI da Covid-19.
— Conheço a peça. O capitão Bolsonaro está à beira de um ataque de nervos — disse o tucano a jornalistas.
Marinho chega a afirmar que o seu “ex-chefe” será preso se não for reeleito.
— O capitão Bolsonaro vai enfrentar a Justiça. E arrisco dizer que vai ser preso pelos crimes que já cometeu e ainda vai cometer até final do mandato — acrescentou.
De acordo com Marinho, “o capitão vai tentar dar um golpe com as milícias, que é o grupo que o acompanha desde o início da sua vida política”.
— Graças a Deus, esse grupo não tem tamanho para mudar a história da democracia brasileira. Ele acha que tem. Mas não tem — afirma.
Polícia Federal
O empresário afirmou que Bolsonaro “tem uma dificuldade imensa de se expressar”.
— Quando a gente estava na minha casa gravando os programas de televisão, primeiro, ele não usava o teleprompter, ele não sabia se comunicar com o teleprompter. Tinha uma dificuldade de ler e falar. Ficava evidente que ele estava lendo — pontuou.
Em 2020, Marinho fez uma revelação que deixou o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) em uma situação mais complicada ainda. De acordo com o empresário, o parlamentar teve conhecimento prévio da operação da Polícia Federal que prendeu 22 pessoas, entre elas dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Fonte: CdB