A substituição de Dallagnol por pressão de Aras, representa uma podada nas asas da turma lavajatista, agora eles não podem mais prejudicar Bolsonaro para ajudar Moro, quer ele merecesse ou não!
Análise
A notícia da saída de Dallagnol, na terça-feira, do comando da Lava Jato, por motivos familiares, pode ser interpretado de outra maneira.
Aventa-se, sobre sua saída da Lava Jato, seria motivada por pressões devido aos vários erros cometidos sob sua condução, tipo abuso de autoridade e arbitrariedades entre outras ilegalidades. Evidentemente que não, pois tudo isso foi cometido para derrubar Dilma e perseguir Lula e o PT.
Mas a leitura que se faz, é que a sua saída faz parte de um movimento em três atos que visa beneficiar Jair Bolsonaro e família.
São movimentos silenciosos, que visam afastar os principais obstáculos de Bolsonaro, para o caminho de sua reeleição e blindar ele sua família de investigações comprometedoras.
O primeiro ato, foi a saída de Moro do Ministério da Justiça, até então Moro era um anteparo para a tentativa de Bolsonaro para controlar a PF do Rio. Moro graça ao prestígio alcançado, tinha e têm pretensões de concorrer a presidência da República. E para isso ele precisava manter tensionado seu principal adversário se mantendo no governo.
Para Bolsonaro, manter Sérgio Moro estava saindo caro demais, e estava sofrendo desgaste em sua imagem, a medida que vários inquéritos estavam avançando sobre si e também sobre os membros sua família.
Com a saída tumultuada de Moro, foi pavimentado a interferência e controle da PF do Rio por Bolsonaro.
Restando ao “marreco de Maringá”, a Lava Jato, umas das poucas senão a última base do morismo.
O segundo ato, a investida de Bolsonaro para blindar ele e sua família, com o afastamento do governador do Rio, Wilson Witzel, abrindo caminho para o controle da Polícia Civil.
Witzel, um juizeco obscuro que surfou na onda do conservadorismo, uma criação do pastor presidiário Everaldo Pereira, presidente do Partido Social Cristão – PSC, cometeu o “pecado” de sonhar em ser Presidente da República entrando em choque com o atual titular.
Para isso tentou desgastar seu adversário direto, Bolsonaro, com inquérito da Polícia Civil sobre esquema da “rachadinha” de Flávio, mas acabou levando um “tiro na cabecinha”.
O terceiro ato, o controle da Lava Jato, tendo o Procurador Geral da República Augusto Aras incumbido por Bolsonaro para barrar e controlar seus membros que até então tinham liberdade total de ação, e não prestavam conta pra ninguém.
Não é segredo que a República de Curitiba tem como seu candidato a presidência, Sérgio Moro, evidentemente esperando que com a sua ascensão á presidência, como são vislumbrados e arrivistas com enorme sede de poder, o retorno viesse através de cargos chave do governo.
A substituição de Dallagnol por pressão de Aras, representa uma podada nas asas da turma lavajatista, agora eles não podem mais prejudicar Bolsonaro para ajudar Moro, quer ele merecesse ou não!