Antes Tarde – Depois de Serra agora é a vez de Alckmin

Inquérito da Polícia Federal inclui delações de executivos da Odebrecht sobre formação de cartel em obras do metrô e do Rodoanel

tucanos

São Paulo – A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (16) o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) por corrupção passiva, em processo da Operação Lava Jato. Também entraram no processo o ex-secretário de Planejamento do tucano, Sebastião Eduardo Alves de Castro e o ex-tesoureiro de campanha Marco Monteiro. Além de corrupção, estão listados crimes de falsidade ideológica, caixa dois e lavagem de dinheiro. Segundo o Estadão, o inquérito da PF foi instaurado a partir de delações de executivos do grupo Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato. As denúncias possuem relação com a prática de cartel em obras do Metrô de São Paulo e do Rodoanel.

As supostas provas teria sido obtidas a partir de cópia do sistema de informática da empresa, além da análise de telefonemas e conversas por aplicativos de vídeo. Também entraram no inquérito depoimentos de outras testemunhas envolvidas com o processo.

Alckmin é o segundo tucano que governou São Paulo e disputou a Presidência da República (em 2006 e em 2018) a ser alvo da Polícia Federal, no âmbito da Lava Jato. Na semana passada, foi a vez do senador José Serra, também tendo como pano de fundo repasse de dinheiro envolvendo obras do Rodoanel. Ambos os ex-presidenciáveis também tiveram, em suas disputas, em que foram derrotados, amplo apoio dos meios de comunicação comerciais. Depois das derrotas, tanto Alckmin quanto Serra caíram em ostracismo político. Só então se tornaram manchetes da Lava Jato.

Serra, Alckmin, Lava Jato: decadências

A própria operação Lava Jato passou a ter sua reputação em queda livre depois de vários episódios revelados pela série de reportagens da Vaza Jato, do Intercept. Entre elas, o conluio entre juiz e acusação e a cooperação ilegal de organismos estrangeiros, como o FBI, sem permissão das autoridades locais. “Acredito que seja uma leitura para o horizonte de 2022; o objetivo dos membros da Lava Jato é preparar Sergio Moro como candidato a presidente em 2022”, disse o cientista político Paulo Nicoli Ramirez. “E para isso é preciso descartar a possibilidade de um partido de centro-direita ou à direita ter nomes fortes. Não que ele (Serra) pudesse ser candidato à presidência, mas é um nome representativo do partido e isso mancha a legenda como um todo.”

Fonte: RBA

 

 

Related Posts
Multilateralista, mas não multipolarista: Lula mostra sua verdadeira face
fotos

Ao criar tensões com Venezuela e Nicarágua, Lula cria sérios problemas geopolíticos na América do Sul

“Feminismo” de esquerda encomendado pela CIA
fotos

“O ícone do feminismo americano, Gloria Steinem, revelou-se uma agente da CIA cuja tarefa era erradicar a discussão da luta [...]

Acordo milionário da prefeitura de São Paulo com creches beneficiou amigos de Nunes
fotos

A Agência Pública descobriu mais um acordo milionário da Prefeitura de SP que beneficiou amigos do prefeito. Em agosto do [...]

Embaixadas europeias violaram a soberania nacional do Brasil
fotos

A difusão do espanhol facilitaria o intercâmbio cultural, político, econômico e em todos os âmbitos com nossos vizinhos. Falando espanhol, [...]

Eleição! Temporada 60: Tramas implausíveis e distrações dramáticas
fotos

Garantir que apenas candidatos aceitáveis ​​para as elites concorram, mesmo que pareçam desonestos e menos aceitáveis ​​do que a opção [...]

Monetização do YouTube põe em risco soberania brasileira
fotos

O simples fato de os brasileiros gastarem tanta energia nas redes sociais, achando que isso é política, já é um [...]

Compartilhar:
FacebookGmailWhatsAppBluesky

Deixe um comentário

error: Content is protected !!