Médicos japoneses enfrentam escassez de equipamentos de proteção individual em sua luta contra o novo coronavírus, apesar dos esforços do governo para aumentar suprimentos, mostrou pesquisa recente
Um total de 78% de pesquisados disse em uma pesquisa on-line realizada no mês passado que houve uma escassez, ou uma diminuição de equipamento de proteção, acima dos 61% da pesquisa anterior em março, segundo o provedor de informações médicas KK eHealthcare.
O estudo foi realizado entre os dias 16 e 21 de abril com 522 médicos em todo o país.
Cerca de 32% dos hospitais de médio e grande porte com mais de 100 leitos disseram que houve uma “escassez severa”, enquanto 45% das instalações menores com menos de 100 leitos disseram estar em situações semelhantes.
Entre os itens em falta, 75% responderam à uma pergunta de múltipla escolha que desejavam mais máscaras cirúrgicas, seguidos por 71% que responderam que precisam de máscaras N95. Cerca de 67% disseram que é necessário mais desinfetantes.
“As instalações médicas regionais entrarão em colapso se a capacidade de tratamento for reduzida pela disseminação do vírus nos hospitais”, disse Tetsuya Matsumoto, professor da Universidade Internacional de Saúde e Bem-Estar.
Os resultados foram obtidos no momento em que o governo está fornecendo suprimentos para instalações médicas que tratam pacientes infectados com Covid-19.
Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 73 milhões de máscaras cirúrgicas foram distribuídas para cerca de 40.000 instalações médicas de março a abril, juntamente com máscaras N95 e roupas de proteção.
O governo também introduziu um sistema para monitorar os estoques de equipamentos médicos nos hospitais, a fim de melhorar a eficiência da distribuição. Sob o sistema, os hospitais relatam seu inventário on-line para que o ministério possa entregar rapidamente itens em falta.
Estamos fornecendo suprimentos, mas também recebemos relatos de instalações médicas de que ainda há uma ‘escassez’, disse uma autoridade do ministério. “Continuaremos a fornecer suporte quando necessário.”
Fonte: Agência Kyodo